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terça-feira, 25 de agosto de 2009

E SE O ELEVADOR DESPENCAR?

UMA COISA QUE ME DEIXA NTRIGADO HÁ MUITOS ANOS, SOU LEIGO NO ASSUNTO MAS QUERO COLOCAR UMA PREOCUPAÇÃO MINHA: desde jovem que vejo que os elevadores dos edifícios têm, como peso máximo, o correspondente a 70kg (em média) por pessoa; geralmente vemos lá no interior do elevador: “máximo de 6 pessoas ou 420 kg”, ou “máximo de 8 pessoas ou 560 kg”, e por aí vai, então percebe-se que as fabricantes dos elevadores tomam por base a média de 70kg; acontece que tem muitos e muitos anos que observo isso, e, como sabemos, o peso médio do brasileiro tem aumentado. Coincidência: num determinado dia da semana passada, ao usar um elevador, tal questão voltou à minha cabeça e, por coincidência, no dia seguinte vi nos jornais que um elevador do Centro de Convenções teve um problema, ficou parado cerca de 40 minutos; consta na matéria que não havia excesso de passageiros mas, sim, que “os passageiros eram gordinhos”. Aí vem minha curiosidade (lembro, sou totalmente leigo no assunto), é correto que os elevadores continuem considerando que o brasileiro pesa, em média, 70 kg? Com a palavra os fabricantes.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A CRISE ECONÔMICA ESTÁ “INDO EMBORA”, MAS UM DIA ELA VOLTA (1)

AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS MOSTRAM QUE A CRISE ECONÔMICA, QUE TEVE INÍCIO NO MERCADO HIPOTECÁRIO DOS ESTADOS UNIDOS, ESTÁ “INDO EMBORA”, MAS CLARO QUE AINDA DEMORARÁ MUITO PARA VOLTARMOS AO PERÍODO A.C. (ESPERO QUE OS RELIGIOSOS NÃO SE OFENDAM, MAS PRECISAMOS DIVIDIR AS ÉPOCAS EM A.C. – ANTES DA CRISE -, E D.C. – DEPOIS DA CRISE -; NENHUMA RELAÇÃO COM ANTES DE CRISTO E DEPOIS DE CRISTO). ENTÃO, SAIR DA CRISE NÃO SIGNIFICA UM IMEDIATO RETORNO AO CRESCIMENTO ECONÔMICO DE ANTES, POIS SERÁ UM LENTO, E ÀS VEZES AINDA DOLOROSO, RETORNO. NÃO FOI A “MAROLINHA” QUE O LULA FALOU, MAS FICOU LONGE DE SER O TSUNAMI QUE ALGUNS ESPERAVAM (E TORCIAM PARA QUE ACONTECESSE).

- MAIOR GERAÇÃO DE EMPREGO NO BRASIL
- MAIOR GERAÇÃO DE EMPREGO NA BAHIA
- MELHORIA NO ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR NORTE-AMERICANO
ETC ETC ETC.

AGORA, EM CENA O IVAN “NOSTRADAMUS” GARGUR: NÃO SABEMOS QUANDO, NEM POR ONDE COMEÇARÁ, MAS NOVAS CRISES ECONÔMICAS TEREMOS, OU DAQUI A 5 ANOS, OU 10 OU 15, NINGUÉM SABE, MAS QUE VOLTARÁ NÃO TEMOS DÚVIDA. POR ENQUANTO O DISCURSO É MAIOR INTERVENÇÃO DO ESTADO, MAIOR REGULAMENTAÇÃO, MAS, FUTURAMENTE, “TUDO ESQUECIDO”, A USURA E GANÂNCIA PREVALECERÃO E RETORNA O CULTO AO LIBERALISMO, RETORNA A “AVERSÃO” AO ESTADO (QUE SÓ SERVE NA HORA DE BOTAR O DINHEIRO DO CONTRIBUINTE PARA COBRIR AS PERDAS).

RETORNAREMOS A ESSE TEMA EM OUTRO MOMENTO.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

DUAS BOAS E UMA RUIM

A BOA NOTÍCIA DE HOJE É QUE, APESAR DA CRISE ECONÔMICA, AS MULTINACIONAIS BRASILEIRAS ESTÃO AUMENTANDO A PRESENÇA NO EXTERIOR, E A TENDÊNCIA É QUE MAIS EMPRESAS BRASILEIRAS SE INTERNACIONALIZEM (INCLUSIVE COMPRANDO EMPRESAS NO EXTERIOR).

A MÁ NOTÍCIA DE HOJE É O AUMENTO O BOTIJÃO DE GÁS, AUMENTO QUE PODE CHEGAR A 6,06%, OU SEJA, VAI PESAR MAIS NO BOLSO DO CONSUMIDOR. E AINDA TEM GENTE QUE VAI ESQUENTAR ÁGUA PARA TOMAR BANHO QUENTE, A ÁGUA FERVE, A PESSOA APAGA O FOGO DO FOGÃO E ESQUECE LÁ, DEIXA A ÁGUA ESFRIAR E, NA HORA DO BANHO, TEM DE ESQUENTAR A ÁGUA DE NOVO (É NÃO TER PENA DO PRÓPRIO BOLSO).

A OUTRA BOA NOTÍCIA DE HOJE É QUE A DESIGUALDADE NO BRASIL DIMINUIU, HOUVE UM RECUO NO ÍNDICE DE GINI (QUE MEDE A DESIGUALDADE). É, AGORA PEGUEI PESADO NO ECONOMÊS. HOJE AINDA, EM OUTRO HORÁRIO, COLOCO UMA POSTAGEM FALANDO SOBRE ESSE ÍNDICE.

A NOTÍCIA MEDIANA: APESAR DO PRIMEIRO SEMESTRE DE DESTE ANO TER SIDO O PIOR DA HISTÓRIA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, EM DECORRÊNCIA DA CRISE MUNDIAL, OS ÚLTIMOS DADOS MOSTRAM UMA MELHORA NOS NÚMEROS, RESULTADO, PRINCIPALMENTE, DO INCENTIVO AO MERCADO INTERNO E A DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA (ISENÇÃO OU REDUÇÃO DE IMPOSTOS).

terça-feira, 4 de agosto de 2009

ANTECIPAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

Na semana passada o Jornal A Tarde publicou uma matéria sobre a Antecipação do Imposto de Renda, e por isso lembro da postagem de 03 de março deste ano: realmente, antecipar a Restituição do Imposto de Renda visando quitar uma dívida com taxa de juros maior vale a pena; vamos supor que na operação de Antecipação do I.R. o banco cobre 2,0%, se com esse dinheiro eu posso quitar uma dívida de cartão de crédito, ou cheque especial (de juros entre 8 a 11%), claro que é uma vantagem. Mas, lembrem, o banco vai debitar o valor total no prazo acertado, que pode ser dezembro/2009, por exemplo (depende do banco). Então, se por algum motivo você não receber a restituição nesse período - por algum motivo, como erro na declaração, cair na "malha fina", etc - você terá de ter esse dinheiro na conta para não "estourar" seu saldo, ou seja, justamente no final do ano, quando nossas despesas aumentam, você pode "quebrar".

domingo, 2 de agosto de 2009

VOLTANDO AO BLOG

PEÇO DESCULPAS PELA DEMORA. A PARTIR DE AMANHÃ VOLTAREMOS A POSTAR NOVAS MENSAGENS E AGRADEÇO AS VISITAS AO BLOG, MESMO TENDO FICADO UM BOM TEMPO SEM NOVAS POSTAGENS. TORÇO TAMBÉM PARA QUE TENHAMOS UMA MAIOR INTERAÇÃO POIS O OBJETIVO MAIOR (MAS NÃO ÚNICO) DO BLOG NÃO É QUE EU ESCOLHA O QUE DEVE SER PUBLICADO AQUI, MAS, SIM, QUE OS LEITORES MANDEM DÚVIDAS E QUESTIONAMENTOS SOBRE ASSUNTOS DE ECONOMIA QUE ESCUTARAM, OU LERAM, E NÃO FICOU MUITO CLARO. E VAMOS AO TRABALHO.

terça-feira, 19 de maio de 2009

CUIDADO COM O "MAIS"

Na capa do primeiro caderno do Jornal A Tarde de hoje tem a seguinte chamada "TRABALHO. EMPREGO FORMAL CRESCE EM ABRIL. O número de empregos formais no Brasil cresceu pelo 3º mês consecutivo. Em abril, 106.205 postos de trabalho foram criados. A Bahia (3.917) ocupou a 8ª posição entre os estados que mais empregaram. ECONOMIA PÁGINA B4".
Quando a gente vai ler a matéria na página B4 tem lá: "... a Bahia ocupou a 8ª posição no ranking dos estados brasileiros que mais empregaram no mês de abril (0,29%), com 3.917 novas vagas. No Brasil, mais 106.205 trabalhadores tiveram a carteira assinada" (eu que negritei o mais). Ora, se a gente for levar em consideração esse MAIS colocado na matéria teriamos 3.917 novas vagas na Bahia MAIS 106.205 no Brasil, ou seja, um total de vagas de 110.122, o que é errado pois o total de novas vagas corresponde a 106.205, como consta na capa do jornal.

Então jornal A Tarde, cuidado com o MAIS.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

JUSTIFICATIVA

Leitores, vocês podem estranhar meu "sumiço", acontece que fui aprovado no concurso do SEBRAE e estou trabalhando o dia todo, além de continuar (claro) na Faculdade 2 de Julho à noite. E também ministro um outro curso em alguns sábados. Claro que logo logo voltarei a colocar postagens, mas estou em fase de adaptação (trabalhar o dia todo e até as 22 horas). Vou reservar um horário - provavemente na madrugada - para trabalhar o blog, além de providenciar uma internet sem fio para facilitar meu trabalho, pois poderei postar, inclusive, no horário do almoço. Peço desculpas e agradeço a compreensão (e as visitas ao blog).

quinta-feira, 30 de abril de 2009

AGRADECIMENTOS

Hoje, 30.04, após cinco meses de inauguração do blog, completamos 2000 visitas (mesmo com algumas interrrupções, por causa do problema de saúde em janeiro e, depois, por outros motivos). Quero lembrar a idéia original: minha intenção não é ficar procurando matérias na imprensa que eu ache que precisam ser colocadas no blog com uma linguagem mais simples, meu desejo é que, quem ler ou escutar algo de economia e queira melhores esclarecimentos mande uma msg para que eu possa abordar aqui. Apesar do bom número de visitas (uma média de 400 visitas por mês), sinto falta de uma maior interação dos meus queridos leitores. Então, gente, alguma dúvida em economia escrevam que discutiremos aqui.

Um grande abraço e mais uma vez meu MUITO OBRIGADO.

O CRIME DO PPS

O Partido Popular Socialista (socialista?), colocou propaganda política dizendo que Lula vai fazer, com a poupança, o mesmo que fez o Collor. Muitos vezes, no calor do debate político, os partidos fazem acusações sem nenhum fundamento. Mas, desta vez, o PPS extrapolou, descaradamente mentiu e incutiu na população o receio de um novo confisco. O próprio governo já anunciou que estuda mudar a rentabilidade da poupança pois com a redução da SELIC os investimentos "devem" migrar para a Caderneta de Poupança (esse assunto será discutido em outra oportunidade), mas daí a dizer que haverá um confisco, foi uma irresponsabillidade muito muito grande, na realidade, um crime. E não um crime contra Lula, ou contra o PT, mas contra o país, pois já imaginaram, num momento de crise mundial, se a população começar a acreditar na mentira do PPS, de que o dinheiro será "preso"? E se essa mentira provocar (ou provocasse) uma corrida bancária? Que prejuízos o país teria? Não seria só o Lula, ou o PT, que seria prejudicado, seria uma crise que "arrastaria" praticamente todos os brasileiros. Não estaria aí configurado um crime de lesa-pátria?

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) foi o insano que declarou tal mentira na TV, e o não menos insano presidente do PPS, o tal do Roberto Freire (PE), ainda disse "...à Folha Online que o partido vai provar judicialmente que há um movimento no governo federal para confiscar a poupança dos brasileiros" (http://tv.pps.org.br/portal/showData/148251). Será que esses dois fumaram algo "diferente"? Ou cheiraram? Ou...etc? Não estou aqui para defender o governo, mas claro que não existe essa idéia de confisco, e quem entende um pouco que seja de economia sabe que nem necessidade há de se fazer isso.

terça-feira, 28 de abril de 2009

SUPERÁVIT PRIMÁRIO

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”:
- jornal Folha de São Paulo, pág. B1: “Menor rigor fiscal libera até R$ 39 bilhões. Mantega diz que adoção do menor rigor fiscal em dez anos é necessária para o governo adotar medidas ‘anticíclicas’ contra a crise. Diante da queda repentina da arrecadação de impostos provocada pela crise econômica, o governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem que reduzirá o aperto fiscal deste ano ao menor patamar desde o início do programa de contenção da dívida pública, há dez anos. A medida abrirá uma folga de pelo menos R$ 23,2 bilhões no Orçamento, que pode ser usada para ampliar gastos, conceder benefícios tributários ou simplesmente absorver uma queda de receita acima do previsto atualmente (...). Tudo somado, caiu de 3,8% para 2,5% do Produto Interno Bruto a meta de superávit primário, ou seja, a parcela das receitas que União, estatais, Estados e Municípios devem economizar a cada ano para pagamento dos juros da dívida pública (...). A injeção de quase R$ 40 bilhões em dinheiro público na economia (...) tem caráter temporário – é limitada a este ano e justificada como estratégia para minimizar os efeitos recessivos da crise global (...).
- jornal A Tarde de 21 último, pág. A9: “Bahia recebe R$ 375,8 mi. O governo baiano saudou como um ‘alívio’ a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de aprovar uma linha de crédito emergencial do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para socorrer os estados em função da crise econômica (...). Pinheiro lembrou que a Bahia perdeu desde o início do ano cerca de R$300 milhões, sendo R$ 200 milhões da queda na arrecadação do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e R$ 100 milhões do Fundo de Participação dos Estados (...). Wagner disse considerar que as novas medidas de ajuda só estão sendo possíveis ‘porque o presidente teve a coragem de reduzir o superávit primário e, com essa folga, equilibrar a ajuda aos governos municipais e estaduais e medidas como a desoneração da indústria automotiva, dos produtos da chamada linha branca...”.

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”:
1. Uma pequena correção da matéria d’A Tarde: o nome correto do banco é Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social;
2. Conforme visto na postagem de 08.04 (http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/04/ipi.html) de tudo o que o governo arrecada através do Imposto de Produtos Industrializados 22,5% é destinado ao Fundo de Participação dos Municípios e 21,5% é destinado ao Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal, logo, se o governo federal dá isenção (ou redução) do IPI isso reduz a participação dos Estados (estes perdem receita); mesmo que o governo federal não conceda isenção, mas reduza a alíquota isso já causará perdas.

SUPERÁVIT PRIMÁRIO:
a) Superávit - saldo positivo; quando a receita é maior do que a despesa;
b) Déficit – saldo negativo; quando a receita é menor do que a despesa;
c) Superávit (ou déficit) primário: o que o governo (União, Estatais, Estados, Municípios) arrecada menos o que o governo gasta; MAS, ATENÇÃO, no caso do superávit primário, não é considerado o pagamento (o gasto) dos juros da dívida pública;
d) Superávit (ou déficit) secundário: o que o governo (União, Estatais, Estados, Municípios) arrecada menos o que o governo gasta INCLUINDO o gasto com os juros da dívida pública;
e) Meta de Superávit Primário (que era de 3,8% do PIB e agora é de 2,5% do PIB): é a economia que o governo tem de fazer para pagar os juros da dívida pública; ou seja, dinheiro que ele arrecadou (através dos impostos que pagamos) e poderia utilizar em obras, investimento, educação, saúde, etc, mas não pode pois tem de destinar essa parcela para pagamento dos juros; é chamado também de “arrocho fiscal”, então, quanto maior a meta é mais dinheiro dos nossos impostos destinado para pagamento de quem investe no sistema financeiro; como o governo agora reduziu para 2,5% a tal da meta, vai “sobrar” mais dinheiro (no caso presente, para aliviar a situação de Estados e Municípios que tiveram perdas).

terça-feira, 14 de abril de 2009

TR - TAXA REFERENCIAL

Já tinha prometido, há algum tempo atrás, escrever algo sobre a TR, e como recebi hoje um e-mail pedindo alguns esclarecimentos sobre essa Taxa, vamos lá:

1. a TR é uma taxa pós-fixada;
2. para cálculo da TR o Banco Central utiliza a taxa média mensal dos CDB-Certificado de Depósito Bancário* (no caso, CDBs para 30 dias);
3. mas não os CDBs de todos os bancos mas, sim, dos 30 maiores bancos (considerando o volume de captação);
4. tirada esse média o Banco Central aplica um redutor (em fevereiro, o redutor da TR foi calculado pelo Banco Central em 1,8%).


TR no presente ano: Janeiro: 0,1840; Fevereiro: 0,0451; Março: 0,1438; Abril: 0,454


*CDBs: títulos emitidos pelos bancos e vendidos ao público como forma de captação de recursos.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

BALANÇA COMERCIAL

SEÇÃO "DEU NA MÍDIA": jornal a Tarde de hoje, pág. B4: "Saldo comercial cresce 113%. A Bahia conseguiu no primeiro trimestre deste ano um superávit de aproximadamente US$ 500 milhões. O saldo da balança comercial baiana cresceu 113,4% no primeiro trimestre deste ano, acumulando aproximadamente US$ 500 milhões de superávit, segundo o Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo). O resultado foi conseguido apesar de uma queda nas exportações de 33% na comparação com o mesmo período do ano anterior porque o resultado das importações foi ainda pior: houve uma redução de 53%(...).
Apesar de os impactos da crise fazerem perceber claramente, a avaliação do gerente de Estudos e Informações, Arthur da Souza Cruz, é de uma evolução na comparação mês a mês. "Os números mostram que janeiro foi o fundo do poço", lembra. Na ocasião, o total de exportações foi de US$ 392 milhões, pouco mais da metade do que foi registrado no mesmo mês em 2008. "Em fevereiro houve uma leve recuperação, que se repetiu em março".
SEÇÃO "DESCOMPLICANDO A ECONOMIA":
1. a primeira comparação, mostrando um crescimento de 113,4%, é entre o primeiro trimestre deste ano e o primeiro trimestre de 2008;
2. a análise do gerente de Estudos e Informações leva em conta o total de exportações (US$ 392 mi) em janeiro/2009 em comparação com janeiro/2008.
A Balança Comercial, primeiro item do Balanço de Pagamentos*, registra o total Exportado(Exp) e o total Importado (Imp):
se Exp maior do que Imp temos saldo superavitário
se Imp maior do que Exp temos saldo deficitário.
* em outro momento falaremos sobre o Balanço de Pagamentos do país.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

I.P.I.

SEÇÃO "DEU NA MÍDIA":

- jornal A Tarde de domingo último, 05.04: "ZPE cria novo polo industrial na Bahia. Incentivos. Zonas de exportação oferecem vantagens a investidores. Grosso modo, as ZPEs são distritos industriais em áreas delimitadas, com suspensão fiscal de tributos federais, voltados prioritariamente para a exportação da produção"; o IPI-Imposto sobre Produtos Industrializados é um dos impostos que serão isentos;

- diversos jornais: Governo prorroga isenção do IPI para carros novos e caminhões;

-diversos jornais: Prefeitos de vários Estados protestam contra o governo federal por causa da prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A redução do IPI, assim como as novas tabelas do Imposto de Renda, provocaram uma diminuição no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

SEÇÃO "DESCOMPLICANDO A ECONOMIA": visando aumentar o consumo dos automóveis para manter o emprego dos trabalhadores o governo concedeu isenção (e agora prorrogou) do IPI (uma medida ao nosso ver acertada), mas isso provoca redução no repasse que o governo faz para os municípios.

Algumas notas sobre o IPI:

1. é um imposto de competência governo federal;
2. incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros;

3. de modo geral (tem exceções) a empresa tem de recolher o IPI para o governo até o último dia útil da quinzena subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores;

3. são imunes da incidência do IPI:
I – os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;
II – os produtos industrializados destinados ao exterior;
III – o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
IV – a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País;

4. é um imposto seletivo, porque sua alíquota varia de acordo com a essencialidade do produto;

5. é não-cumulativo: em cada fase da operação (processamento) é compensado o valor devido com o montante cobrado anteriormente, ou seja, não é um imposto em cascata (imposto incidindo sobre imposto).

IPI E FPM (FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS):

1. o que diz a alínea b e inciso I do artigo 159 da Constituição Brasileira:

"Art. 159. A União entregará:
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma:
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;"

2. Logo, o FPM* é uma transferência constitucional, e 22,5% do que o governo arrecada de Imposto de Renda e de IPI é repassado para esse Fundo, ou seja, para os municípios. Então, quando o governo reajusta a tabela do imposto de renda (como aconteceu nesta semana, o que discutiremos outro dia), e concede isenção do IPI para os automóveis (ou para outros produtos), isso reduz a arrecadação desses impostos, consequentemente reduz o montante a ser repassado para os municípios, e observem que muitos e muitos municípios "vivem"só do FPM, produzindo quase nada (esse é o resultado da farra da criação de municípios).

Mais informações sobre o IPI sugiro ler o seu Regulamento: Decreto 4.544, de 2002.

* em outra oportunidade falaremos mais sobre o FPM

domingo, 29 de março de 2009

RECESSÃO NORTE-AMERICANA

SEÇÃO "DEU NA MÍDIA": jornal Gazeta Mercantil deste final de semana: "Revisão de dados mostra que EUA se contraíram 6,3% no quatro trimestre. A economia dos EUA encolheu a uma taxa anualizada de 6,3% no quatro trimestre do ano passado. A retração, ligeiramente maior do que o estimado anteriormente, levou à maior queda nos lucros corporativos em meio século.
Foi o pior desempenho do Produto Interno Bruto desde 1982. (...). A queda no PIB foi maior que a de 6,2% estimada pelo Departamento de Comércio no mês passado."

SEÇÃO "DESCOMPLICANDO A ECONOMIA": lembramos o que já colocamos aqui, a diferença entre "recessão econômica" (quando, durante 2 trimestres seguidos, há uma redução no PIB), e "menor ritmo de crescimento", que significa aumento do PIB mas em ritmo (percentual) menor do que vinha ocorrendo. Para mais detalhes acessar o link abaixo.

http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/recesso.html

sexta-feira, 20 de março de 2009

ARROZ PARBOILIZADO

Indo ao mercado todas as semanas fiquei curioso de saber o que significa esse tal de arroz PARBOILIZADO, e ontem conversando com meus alunos de Propaganda e Marketing tocamos de novo no assunto, aí ontem mesmo acessei o site da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que faz parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e pegamos a seguinte informação:
"O que é arroz parboilizado?

A palavra parboilizado teve origem na adaptação do termo inglês parboiled, proveniente da aglutinação de partial + boiled, ou seja, "parcialmente fervido".

Não se trata de arroz parafinado, ou colado, como muitos pensam. O processo de parboilização baseia-se no tratamento hidrotérmico a que é submetido o arroz em casca, pela ação tão somente da água e do calor, sem qualquer agente químico.

A parboilização é realizada através de três operações básicas:
1. Encharcamento: o arroz em casca é colocado em tanques com água quente por algumas horas. Neste processo, as vitaminas e sais minerais que se encontram na película e germe, penetram no grão à medida que este absorve a água.
2. Gelatinização: Processo Autoclave - o arroz úmido é submetido a uma temperatura mais elevada sob pressão de vapor, ocorrendo uma alteração na estrutura do amido. Nesta etapa, o grão fica mais compacto e as vitaminas e sais minerais são fixados em seu interior.
3. Secagem: O arroz é secado para posterior descascamento, polimento e seleção.
Suas vantagens são:

Rico em vitaminas e sais minerais, devido ao processo de parboilização;
Quando cozido, fica sempre soltinho;
Rende mais na panela;
Requer menos óleo no cozimento;
Pode ser reaquecido diversas vezes, mantendo suas propriedades;
Alto grau de higiene no processo de industrialização;
Conserva-se por mais tempo.

O Brasil detém a tecnologia de parboilização mais avançada do mundo!"

terça-feira, 17 de março de 2009

ECONOMIA BAIANA

SEÇÃO "DEU NA MÍDIA": matéria do Jornal A Tarde de 14.03.09: "O desempenho do comércio varejista surpreendeu positivamente em janeiro e trouxe um pouco de alívio ao final de uma semana de notícias ruins para a economia. As vendas do setor cresceram 1,4% ante dezembro, contrariando as previsões de queda. Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta de 6%. A Bahia registrou um índice de crescimento de 2,8% em janeiro de 2009 em relação ao mesmo mês de 2008. Em comparação com dezembro, houve leve retração de 0,5%, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC/IBGE)".
SEÇÃO "DESCOMPLICANDO A ECONOMIA": entenderam alguma coisa? Que confusão.
a) a matéria cita que "as vendas do setor cresceram 1,4% ante dezembro,...", e "Em comparação com dezembro, houve leve retração de 0,5%,...";
b) também diz a matéria que "...comparação com janeiro do ano passado, houve alta de 6%", e "...Bahia registrou um índice de crescimento de 2,8% em janeiro de 2009 em relação ao mesmo mês de 2008".
Quem não está acostumado com o assunto estranha, fica sem saber se em relação a dezembro/2008 houve um aumento de 1,4% ou uma retração de 0,5%. A mesma coisa, quem não tem experiência com o tema vai ficar sem saber se em relação a janeiro/2008 ocorreu um aumento de 6% ou de 2,8%.
Lendo depois o penúltimo parágrafo da matéria vemos: "O aumento de 6% nas vendas do varejo do País em janeiro ante igual mês de 2008...", agora sim, percebe-se que o crescimento de 1,4% ante dezembro/2008 e de 6% ante janeiro/2008 foi DO PAÍS, enquanto que a retração de 0,5% ante dezembro/2008 e o crescimento de 2,8% ante janeiro/2008 foi DA BAHIA.
Consegui melhorar? Caso continue a confusão escreva que voltaremos ao tema.

"ESTUDAR É PERDER TEMPO"

Ontem fiquei puto da vida quando abri o jornal A Tarde e li, na pág. A4, o título de uma matéria que era assim: "Estudante perde mais sábados para ano letivo" (eu coloquei o negrito). Porra, fiquei indignado ao ver que, para esse jornal, estudar dia de sábado é PERDER o dia, quem sabe para o jornal estudar é PERDER tempo. Aí, como fiquei inconformado, mandei uma mensagem para o Espaço do Leitor. Segue abaixo, na íntegra, meu protesto enviado há poucos minutos:
"Como assinante desse jornal, mas, PRINCIPALMENTE, como professor, quero PROTESTAR, aliás, não só protestar, quero mostrar minha indignação, com o título da matéria que saiu ontem no jornal impresso, pág. A4: "Estudante perde mais sábados para ano letivo". Quer dizer então que na visão do Jornal A Tarde estudar é "perder" tempo? Estudar dia de sábado é PERDER o sábado? Sim, sabemos que alguns alunos se expressam dessa forma quando precisam assistir aulas aos sábados, mas é, no mínimo, estranho, vergonhoso até, que um meio de comunicação adote esse discurso. Me senti ofendido pelo título da matéria, quanto desserviço, que desapego à educação.
Ivan Gargur...9923-4217 / 9989-2076
P.S.: não sou professor do Estado, e onde leciono sempre ministro aulas aos sábados, mas, independe do local onde trabalho, é triste ver o Jornal A Tarde ter esse comportamento (não sei bem o motivo, mas lembrei de um trecho de uma determinada música: "...triste Bahia...")".

quinta-feira, 12 de março de 2009

MAIS OUSADIA, BANCO CENTRAL, MAIS OUSADIA

Na reunião de ontem o COPOM-Comitê de Política Monetária decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa SELIC em 1,5 ponto percentual, ficando agora em 11,25%. Para o conservadorismo do COPOM uma redução de 1,5 até foi alta, mas para o atual momento, com essa retração da economia, esperava-se que a redução fosse maior haja vista a necessidade de aumentarmos o consumo - gerando emprego -, e amenizando os efeitos da crise econômica. A decisão do COPOM foi "sem viés".
A necessidade de dinamizar o consumo tem levado a quase totalidade dos demais países a reduzirem suas taxas de juros para níveis extremamente baixos, conforme podemos ver na coluna de Benjamin Steinbruch publicada no jornal A Tarde de ontem. Mesmo com essa redução de 1,5 ponto percentual o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros reais do mundo(taxa nominal - hoje em 11,25% - descontando-se a inflação).

Sobre o "sem viés" leia:

quarta-feira, 11 de março de 2009

RENDA FIXA X RENDA VARIÁVEL

SEÇÃO "DEU NA MÍDIA": matéria da revista Exame de 11/03/09 (edição 938): "RENDA FIXA: a melhor alternativa para quem quer segurança".

SEÇÃO "DESCOMPLICANDO A ECONOMIA": quando se fala em investimento em ativos financeiros é conveniente explicar a diferença entre investimento em RENDA FIXA e investimento em RENDA VARIÁVEL.

RENDA FIXA: já consta o índice que determinará o rendimento do título; previamente o investidor já sabe como será corrigido o investimento que ele fez.
Exemplos:
1. título corrigido pelo dólar,
2. título corrigido pela taxa SELIC (v. link abaixo),
3. caderneta de poupança (correção: Tr-Taxa Referencial* + 0,5% ao mês);

Um título de RENDA FIXA pode ser pré-fixado ou pós-fixado (assunto que será objeto de outra postagem).

RENDA VARIÁVEL: não existe um índice pré-determinado, o rendimento vai depender do resultado da instituição, da empresa, que emitiu o título; ou o resultado vai depender da valorição (ou não) do ativo.
Exemplos:
1. ações, o investidor só receberá algum dinheiro se a empresa que emitiu as ações der lucro, ou seja, vai depender do resultado da empresa (e da política de distribuição de lucros). V., abaixo, links sobre o investimento em ações.
2. investimento em ouro

Sobre a TAXA SELIC:
http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/selic-e-taxa-selic.html

Sobre investimento em AÇÕES:
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-iii.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-iv.html

* em outro momento falaremos sobre a TR

domingo, 8 de março de 2009

ADR: outra sopa de letras

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: Jornal Valor Econômico de 04.03.09, pág. D2: “Confusão leva Petrobras a mudar nome na Argentina. Investidores compravam ADRs da subsidiária argentina pensando que eram da companhia pela denominação parecida. Por Assis Moreira, de Genebra.
A Petrobras vai alterar neste mês o nome de sua subsidiária na Argentina e o registro na Bolsa de Nova York (Nyse) para evitar um tipo de confusão que já causou prejuízos a vários investidores. Oficialmente, a estatal se chama Petróleo Brasileiro. Quem carrega o nome de Petrobras Energia é a subsidiária argentina (...). Houve, assim, casos de investidores que achavam estar comprando American Depositary Receipt (ADR, recibos de ações negociados em Nova York) da matriz brasileira quando, na verdade, adquiriam o papel da subsidiária argentina. O problema ficou patente em 2007, quando alguns investidores não entendiam como seus papéis rendiam tão pouco, enquanto a Petrobras anunciava sucessivas descobertas de poços e valorização. Naquele ano, a ação da matriz brasileira deu retorno de 130% ao investidor, enquanto a subsidiária argentina rendia magros 14%”.

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”:
Vocês viram em postagens anteriores o que são Ações de uma Sociedade Anônima. Pois bem:
ADR é um papel (Recibo de ações) emitido e negociado nos Estados Unidos. Emite ADR empresas não sediadas nos EUA. É utilizado para captar recursos no exterior.
Vou tentar explicar o esquema: uma Empresa brasileira (ou de outro país) emite ações (ou compra ações no mercado secundário), deposita essas ações num banco nos Estados Unidos (esse banco será o custodiante, ou seja, terá a custódia, guarda, dessas ações); agora esse banco pode emitir os Recibos (os ADR), relativos a essas ações, e esses ADR passam a ser negociados no mercado norte-americano.
Em resumo: ADR só podem ser emitidos com lastro, esse lastro são as ações da empresa que ficarão custodiadas no banco.
Conforme vemos no Dicionário Financeiro da BOVESPA “investidores podem converter seus ADRs em ações da companhia, e negociá-las no país de origem da companhia”.
O ADR foi criado para possibilitar o acesso ao mercado de capitais norte-americano para empresas estrangeiras.

EXEMPLOS DE CITAÇÃO DE ADR NA IMPRENSA:

“02.03.2006] 00h00m /
Eletrobrás lança ADR em maio
Fernanda Nunes
A Eletrobrás pretende lançar ADRs nível 2 na Bolsa de Nova Iorque na segunda quinzena de maio, informou o presidente da empresa, Aloisio Vasconcelos”
Disponível em: http://www.energiahoje.com/index.php?ver=mat&mid=10361

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“Sábado, 10 de Janeiro de 2009
Estrangeiros correm para comprar ADRs brasileiros
Os bons ventos que tomam conta do mercado de ações local – o Ibovespa registra valorização de 10,57% até o dia 5 de janeiro - também é realidade no universo dos American Depositary Receipts (ADRs) negociados no mercado de Nova York. Se de um lado a Bolsa de Valores de São Paulo perde aplicações de recursos estrangeiros – há sete meses o resultado entre entradas e saídas é deficitário – de outro, os mesmos estrangeiros que aqui estavam e foram embora, correm para cima dos ADRs de empresas nacionais e mercados emergentes latinos, russas e demais mercados emergentes.”
Disponível em: http://bortolin.blogspot.com/2009/01/estrangeiros-correm-para-comprar-adrs.html

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“Belo Horizonte, 08 de Março de 2009
Cemig lança ADR’s em Nova York
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) realiza, amanhã (12), na Bolsa de Valores de Nova York, o lançamento de novas ADR’s (American Depositary Receipts) , lastreadas em ações ON”.
Disponível em:
http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=217&Itemid=74


OBS.: os três níveis de ADR serão apresentados em outro momento.

quarta-feira, 4 de março de 2009

RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO II

Ainda em relação ao Recolhimento Compulsório (v. primeira postagem sobre o assunto em:
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/02/recolhimento-compulsorio-i.html ).
Além dos percentuais de 45%, 20% e 15%, existem as EXIGÊNCIAS ADICIONAIS: o banco deve recolher, ainda, 8% sobre o depósito à visa, 10% sobre a poupança, e 8% sobre o depósito a prazo, mas veja só, se, ao somar o valor desses adicionais, o total for inferior a R$300 milhões, o banco fica dispensado de recolher, e, ultrapassando esse limite, o banco vai recolher sobre a parcela que ultrapassar os R$300 milhões.

Obs.: até pouco tempo atrás o limite para isenção era de R$100 milhões, o governo aumentou para R$300 milhões visando "liberar" mais dinheiro para o Sistema Financeiro.

terça-feira, 3 de março de 2009

ANTECIPAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA: CUIDADO

Começa o acerto com o Leão (a Declaração do Imposto de Renda), e os Bancos, “bonzinhos” como sempre, já foram “à caça”, já estão oferecendo antecipar o que você ACHA que tem direito a receber de volta da Receita Federal (as taxas e o percentual a ser antecipado varia de banco para banco).
Primeiro é preciso lembrar que a Antecipação é um empréstimo que o banco está fazendo, logo, será cobrada taxa de juros, e os especialistas sempre indicam que é vantajoso antecipar o Imposto de Renda caso seja para quitar algum empréstimo com juros superiores ao que o banco vai cobrar pela a antecipação. Exemplo: se tenho uma dívida de cartão de crédito e pago 10% de juros, e posso quitar essa dívida antecipando o Imposto de Renda com juros, vamos supor, de 2,5%, aí vale a pena (estarei trocando uma dívida que cobra 10% de juros por outra com 2,5%).

O CUIDADO: caso você tenha sua restituição retida pela Receita Federal, não importa o motivo (se você cometeu algum erro na declaração, ou outro motivo qualquer), o Banco vai, de qualquer maneira, debitar o empréstimo que concedeu a título de Antecipação; o Banco do Brasil, por exemplo, debita no dia que a Receita faz a restituição ou, caso esta – a restituição - não ocorra, vai debitar no dia 26.02.10, então nesta data você terá de ter todo o montante para cobrir o empréstimo. Já tem banco que “impreterivelmente, até dezembro de 2009” debitará o que foi antecipado, independente da Receita ter feito a restituição do Imposto de Renda, ou não.

ENTÃO: CUIDADO.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO I

Muita gente acha que os bancos podem dispor de todo o dinheiro depositado neles. Na realidade, parte desse dinheiro o banco tem de recolher (ou depositar) numa conta do Banco Central do Brasil, é o chamado RECOLHIMENTO ou DEPÓSITO COMPULSÓRIO. É uma política utilizada pelo governo visando combater a inflação. Quando a inflação começa a subir o governo pode aumentar o percentual do recolhimento compulsório; assim, o Banco Central está tirando dinheiro de circulação, a população com uma menor quantidade de dinheiro vai comprar menos, logo o empresário vai pensar duas vezes antes de aumentar o preço dos seus produtos.
Olhando agora o outro lado: com a redução do percentual do recolhimento compulsório o Banco vai dispor de mais dinheiro, logo isso pode levar a uma redução da taxa de juros e, consequentemente, ao aumento do crédito (aumentando o consumo e o emprego).

Como era o recolhimento compulsório (antes da crise internacional que levou o governo brasileiro a adotar medidas para, pelo menos, minorar os efeitos da crise):

SOBRE O DINHEIRO DEPOSITADO A VISTA: 45%
SOBRE O DINHEIRO DEPOSITADO NA CADERNETA DE POUPANÇA: 20%
SOBRE O DINHEIRO DEPOSITADO A PRAZO: 15%
SOBRE O LEASING (o recolhimento compulsório sobre o leasing está sendo implantado gradualmente): 15%

Como está hoje o recolhimento compulsório após o governo ter tomado algumas medidas com a finalidade dos bancos terem mais dinheiro visando aumentar o crédito:

SOBRE O DINHEIRO DEPOSITADO A VISTA: 42%
SOBRE O DINHEIRO DEPOSITADO NA CADERNETA DE POUPANÇA: 20%
SOBRE O DINHEIRO DEPOSITADO A PRAZO: 15%
SOBRE O LEASING (o recolhimento compulsório sobre o leasing está sendo implantado gradualmente): 15%

NOTA: o recolhimento compulsório referente ao depósito à vista fica “parado”, não recebe qualquer remuneração; já o relativo à caderneta de poupança o Banco Central paga ao Banco a TR(Taxa Referencial) + 3% ao ano; no que diz respeito ao depósito a prazo 30% é remunerado enquanto 70% não sofre remuneração.

OBS.:
a) para simplificar não vamos falar aqui em EXIGÊNCIAS ADICIONAIS, DESCONTOS, e nem em LIMITES MÍNIMOS, isso ficará para outra oportunidade;
b) ficarei devendo também uma explicação sobre a TR-Taxa Referencial.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

SPREAD (MAIS UM PALAVRÃO)

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA” - Folha de São Paulo de ontem, 22.02, pág. B4 do Caderno Dinheiro: “Banco vê erro em debate sobre taxa de juros. Sociedade deve atacar ‘a causa, e não o sintoma’, do ‘spread’ elevado, afirma o presidente da FEBRABAN, Fábio Barbosa. Para executivo, Brasil será um dos poucos países com crescimento durante a crise; mas, mesmo assim, haverá mudanças após turbulência”.

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA” -
SPREAD: extensão, amplitude, envergadura. Em Economia o spread significa, grosso modo, a margem de lucro do Banco. Quando uma pessoa investe um dinheiro num banco vai receber juros em decorrência desse investimento, ao mesmo tempo o banco, ao emprestar dinheiro a uma outra pessoa, vai cobrar uma determinada taxa de juros, o spread, então, é a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar o dinheiro e os juros que paga ao investidor. Veja uma explicação bem didática apresentada pelo sociólogo e cientista político Emir Sader (fizemos uma pequena adaptação):

“’Spread' ou a farra especulativa
Emir Sader, 22 de fevereiro, 2004

Entre em um banco e deposite 100 reais em uma caderneta de poupança. O funcionário lhe dirá para retornar daqui a um mês, para receber seus polpudos dividendos, algo como R$ 100,60. Em seguida, ao mesmo funcionário, no mesmo balcão, uma outra pessoa pede 100 reais emprestados. Receberá a resposta de que - além de todos os trâmites de cadastro, garantia, ficha pregressa etc. -, deverá pagar, daqui a um mês, algo como 109 reais.

Essa ''pequena'' diferença - algo como 15 vezes mais - é o que os bancos e os economistas, ministros, presidentes de bancos centrais, e todos os que funcionam como seus ventríloquos, chamam de spread. Em inglês, para melhor disfarçar, como convêm ao economês”.

Num momento em que se fala tanto que uma das saídas para a crise é aumentar o consumo (aumentando o crédito), pois aumentando o consumo a tendência é a empresa produzir mais, logo, gerar emprego, o fato dos bancos não reduzirem o spread não permite que os empréstimos fiquem mais baratos, logo isso limita o consumo. O spread bancário no Brasil é um dos mais altos do mundo.

Composição do spread bancário em 2007 (proporção)
Fonte:
http://www.bcb.gov.br/Pec/Depep/Spread/relatorio_economia_bancaria_credito2007.pdf :

Custo administrativo – 13,50%
Inadimplência – 37,35%
Custo do compulsório* – 3,60% (arredondei)
Tributos e taxas – 8,09%
Impostos diretos – 10,53%
Resíduo líquido – 26,93% (lucro)
TOTAL – 100,00%

Em outra postagem discutiremos mais sobre o spread bancário.

*Depósito (ou Recolhimento) compulsório: explicaremos em outro momento

VOLTANDO

É, a recuperação foi mais difícil e demorada do que eu esperava, tudo por conta das minhas alergias a quase todos os medicamentos. Hoje, 99% recuperado, volto a colocar postagens. E agradeço a compreensão dos leitores(as).

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

AFASTAMENTO POR ALGUNS DIAS

Estou publicando esta postagem hoje para dar uma satisfação aos meus leitores, foi difícil chegar até aqui o computador (preciso descer uma escada). Vocês podem ter estranhado eu não ter colocado nada esses dias, mas adoeci, doença tal que me deu febre de 41º. Ontem, quinta, fui ao médico (e aí já vem outro problema: sou alérgico a uma série de medicamentos), estou um pouco melhor, mas ainda sem condições de produzir, ou seja, tive uma semana improdutiva (o que eu não gosto). Pela pequena melhora que tive hoje (fiquei duas noites sem dormir e esta noite consegui dormir), acredito quem nesse ritmo, daqui a 3 ou 4 dias eu já estarei bem.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

BOLSA DE VALORES VI

IBOVESPA: vamos discorrer hoje sobre o ÍNDICE BOLSA DE VALORES, que mede o comportamento das ações. Quando a imprensa publica, por exemplo: “IBOVESPA caiu 4%”, ou a “Bolsa caiu 4%”, muita gente acha que todo mundo que tem ações perdeu 4%, ou, o contrário, se é publicado: “Bolsa sobe 3%”, tem gente que acha que todos os proprietários de ações ganharam 3%, na verdade esse é um engano muito grande, o IBOVESPA é um índice que calcula a MÉDIA do comportamento das ações (e, além de ser um média, não são incluídas todas as ações); então, se o IBOVESPA indica uma queda de 5% teve dono de ações que perdeu até mais do que isso, enquanto outro até ganhou dinheiro, por isso é preciso prestar atenção pois tem matérias que mostram a queda ou a alta da ações, e, acertadamente, mostram também as ações que mais contribuíram para essa queda, e, por outro lado, as ações que subiram. Vejamos um exemplo que pegamos agora na net:

“Ibovespa: veja as ações que mais subiram e caíram no primeiro trimestre
Por: Gustavo Kahil
31/03/08 - 20h08
InfoMoney

SÃO PAULO - O Ibovespa registrou queda de 4,6% nos três primeiros meses deste ano [janeiro a março/2008], o pior desempenho desde o segundo trimestre de 2005. Algumas ações chamam atenção pela forte desvalorização, que chega a superar os 40% no período.

AÇÕES MAIS VALORIZADAS NO TRIMESTRE JANEIRO A MARÇO 2008:
Telemar (TNLP4): +36,46%
Telemar Norte Leste (TMAR5): +32,85%
Cosan (CSAN3): +25,00%
Usiminas (USIM5): +21,87%
CSN (CSNA3): +19,09

AÇÕES MAIS DESVALORIZADAS NO TRIMESTRE JANEIRO A MARÇO 2008:
GOL (GOLL4): -40,38%
CESP (CESP6): -33,69%
Banco do Brasil (BBAS3): -23,39%
ALL (ALLL11): -23,18%
Duratex (DURA4): -21,99”

Adaptado de:
http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=1017143&path=/investimentos/

Observem que entre janeiro e março/08 o índice teve queda de 4,6%, aí muita gente pensa que todo mundo que tem ações perdeu 4,6%, mas observe o quadro, teve dono de ações que perdeu bem mais. Por exemplo: quem tinha ações da GOL (GOLL4) perdeu 40,38% no trimestre; outro exemplo: quem tinha ações da CESP (CESP6) perdeu quase 34%. Já quem tinha ações da TELEMAR (TNLP4), ao em vez de perder 4,6% no trimestre ganhou foi 36,46%, como quem tinha ações da COSAN (CSAN3) também não perdeu os 4,6% mas, sim, ganhou 25%.

Pois bem, já viram então que é uma média, mas, como já falamos, não é uma média de TODAS as ações negociadas na BOVESPA; o índice é composto pelas ações que respondem por 80% dos negócios na BOVESPA, ou seja, uma ação pouco negociada provavelmente não entrará no cálculo do índice, então, também os proprietários dessas ações podem até estar ganhando mais dinheiro do que o que resultou no índice (no exemplo acima 4,6%), ou, ao contrário, pode estar perdendo mais.

No link
http://www.bovespa.com.br/Mercado/RendaVariavel/Indices/FormConsultaCarteiraP.asp?Indice=Ibovespa , consta a lista das ações que vão compor o IBOVESPA de janeiro a abril/09, tem um total de 66 ações. Nessa listagem vemos que para o quadrimestre a ação com maior peso no índice é a “PETR4 PETROBRAS PN EJ”, com 16,71%, e a ação com menor peso é a “CGAS5 COMGAS PNA”, com 0,114%.

Leia outras postagens sobre Bolsa de Valores:
http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/bolsa-de-valores.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-ii.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-iii.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-iv.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-v.html

Quer saber mais? Acesse:
http://www.bovespa.com.br/Principal.asp
http://www.cvm.gov.br/

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

BOLSA DE VALORES V

Novo Mercado (NM) da BOVESPA – Todas as Sociedades Anônimas que negociam ações na BOVESPA seguem uma série de dispositivos da legislação, já as empresas que aderem, voluntariamente, ao NOVO MERCADO da BOVESPA precisam adotar, além do que já é exigido nessa legislação, práticas de governança corporativa. Primeiro vamos tentar ver o que vem a ser essa tal de “governança corporativa”. No site do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa tem:

“A preocupação da governança corporativa é criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas”.
O que acontece: como já vimos em outras postagens os verdadeiros proprietários da Sociedade Anônima são os donos das ações, acontece que esses acionistas indicam outras pessoas (gestores) para a direção da Companhia, então temos os donos das Empresas (que são os acionistas) e os Executivos (que são os responsáveis pelas decisões), e muitas vezes os interesses desses dois lados são conflitantes, por isso a Governança Corporativa (que surge pela década de 90), tenta superar esse conflito.

Voltando agora para o Novo Mercado: quando uma Sociedade Anônima decide aderir ao Novo Mercado assina um contrato e, assim, se compromete a adotar as chamadas "boas práticas de governança corporativa"; como essas novas regras são extensas não vamos listar todas aqui, iremos citar apenas algumas:

1. Todas as ações emitidas são Ordinárias Nominativas (ON), que dão direito a voto nas Assembléias, as Companhias que aderem ao Novo Mercado NÃO podem emitir ações do tipo PN-Preferenciais Nominativas, que não dão direito a voto (lembrem nossa postagem de 23.01);
2. Realização de reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos uma vez por ano;
3. Apresentação de um calendário anual, do qual conste a programação dos eventos corporativos, tais como assembléias, divulgação de resultados etc;
4. Melhoria nas informações prestadas, não só à BOVESP e à CVM*, mas também aos acionistas e ao público em geral.

Além do Novo Mercado, que é o topo, o nível mais elevado de governança corporativa, a BOVESPA criou, também, o Nível 1 e o Nível 2 de Governança Corporativa, então pela ordem de exigência nós temos a classificação das empresas nas seguintes listagens (lembrando que não existe uma obrigatoriedade da empresa “trilhar” esses níveis, nada impede, por exemplo, que uma empresa que está no Nível 1 opte por aderir, diretamente, ao Novo Mercado, “sem passar”, necessariamente, pelo Nível 2):

TRADICIONAL
NÍVEL 1
NÍVEL 2 (a empresa que adere a esse nível tem de atender as exigências do Nível 1 e mais algumas)
NOVO MERCADO

Obs.: no link
http://www.bovespa.com.br/Empresas/InstInfoEmpresas/SegmentoListagem.asp?tit=25 consta um quadro comparativo entre esses 3 níveis; deixamos de lado um outro segmento, o BOVESPA MAIS, “...idealizado para tornar o mercado acionário brasileiro acessível a um número maior de empresas...”, pois tem um foco diferente do Nível 1, Nível 2, e NM.


O NOVO MERCADO NA MÍDIA:

16/03/2007 - 11h22
WEG unifica ações e vai para o Novo Mercado

SÃO PAULO - A WEG decidiu aderir ao Novo Mercado para aproveitar o " momento psicológico " de evolução na governança corporativa das companhias brasileiras. Mesmo sem ter planos de captar recursos, a empresa propôs aos acionistas a conversão das ações preferenciais em ordinárias e a adaptação do estatuto às regras do espaço nobre da Bolsa paulista.

" Esse é o momento. A adesão não será um diferencial para aqueles que migrarem por último. No futuro, todos serão Novo Mercado " , pondera o diretor de relações com investidores da companhia, Alidor Luerdes.

Com o movimento da WEG, o Novo Mercado passará a contar com 52 companhias. Somado a esse total os níveis 1 e 2, serão 103 as empresas que oferecem compromisso adicional aos investidores. Apenas neste ano, sete novas empresas foram ao segmento que oferece os padrões máximos de governança do mercado brasileiro.

Disponível em:
http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/valor/2007/03/16/ult1913u66174.jhtm

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Iochpe Maxion migra do Nível 1 para o Novo Mercado

A Bovespa convida a imprensa para a cerimônia que marca a adesão da Iochpe Maxion ao Novo Mercado, o mais elevado nível de Governança Corporativa da Bolsa, que será realizada nesta segunda-feira (24/03), a partir das 9 horas, no Espaço Bovespa.

Listada na Bovespa desde 1984, a companhia passou a integrar o Nível 1 de Governança Corporativa a partir de 2005. Suas ações ordinárias são negociadas sob o código MYPK3.

Atualmente, 157 companhias participam dos segmentos especiais de Governança Corporativa da Bovespa, sendo 94 no Novo Mercado, 20 no Nível 2 e 43 no Nível 1. As ações da empresa integram o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC).

Disponível em: http://www.acionista.com.br/bovespa/200308_iochpe_novomercado.htm

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Mercado discute fim do Nível 1 de governança

Data: 09/12/2008 01:08:56
Publicação: Gazeta Mercantil (Brasil)

9 de Dezembro de 2008 - A câmara consultiva criada pela BM&F Bovespa para revisar as normas dos segmentos diferenciados de governança corporativa discute, além de mudanças no Novo Mercado, no qual estão listadas as empresas com práticas mais rigorosas de transparência, a eliminação do Nível 1, primeiro degrau da escala criada pela bolsa há oito anos.

Na avaliação dos especialistas, as evoluções do mercado de capitais brasileiro e da regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tornaram o Nível 1 obsoleto. Outro problema apontado é falta de uniformidade entre as companhias que fazem parte do segmento, que reúne hoje companhias reconhecidas pelos investidores, como os bancos Bradesco, Itaú e Unibanco, além da mineradora Vale, e outras com reconhecidos problemas, como foi o caso da Varig, excluída pela bolsa em 2003 após atrasar a divulgação do balanço anual.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Mauro Rodrigues da Cunha, o Nível 1 cumpriu sua função no tempo, ao permitir que as empresas adequassem gradativamente suas políticas de governança corporativa.

Disponível em: http://indexet.gazetamercantil.com.br/arquivo/2008/12/09/58/Mercado-discute-fim-do-Nivel-1-de-governanca.html

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Leia outras postagens sobre Bolsa de Valores:
http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/bolsa-de-valores.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-ii.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-iii.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-iv.html

Quer saber mais sobre Mercado de Capitais? Acesse:
http://www.bovespa.com.br/Principal.asp
http://www.cvm.gov.br/

Quer saber mais sobre Governança Corporativa? Acesse:
http://www.ibgc.org.br/Home.aspx
*Comissão de Valores Mobiliários: órgão regulador do Mercado de Capitais.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

BOLSA DE VALORES IV

Falei em postagens anteriores que as ações das SOCIEDADES ANÔNIMAS DE CAPITAL FECHADO não são negociadas na Bolsa de Valores, mas, sim, as ações das SOCIEDADES ANÔNIMAS DE CAPITAL ABERTO, e colocamos também que, ao comprar ações de uma empresa passamos a ser proprietários de parte dessa empresa. EXEMPLO: comprei 1% do total de ações de determinada Companhia, logo eu passei a ser dono de 1% dessa Empresa, isso significa que tenho direito a comparecer nas Assembléias de Acionistas dessa Empresa e usar meu direito de voto, ou seja, se na Assembléia está se decidindo algo sobre a Empresa eu, como proprietário de um pedaço dessa Empresa, tenho direito a votar e participar da decisão que será tomada pela Assembléia. NÃO É BEM ASSIM: existem dois tipos de ações: as Ordinárias Nominativas (ON) e as Preferenciais Nominativas (PN). Se as ações que eu comprei são do tipo ON aí sim, eu tenho direito de voto nas Assembléias, mas quem compra ações do tipo PN não tem direito a votar nas Assembléias, mas, em compensação, tem preferência na hora que a Companhia vai distribuir os lucros e dividendos.
Os detentores de ações PN geralmente são chamados de acionistas prioritários, e essas ações (PN) têm mais liquidez* pois a Empresa pode colocar à venda uma boa quantidade das PN (mas existe um limite imposto pela lei) sem que o acionista majoritário corra o perigo de perder o controle da empresa (de novo: já que a ação PN não dá direito a voto ao proprietário).
Leia outras postagens sobre Bolsa de Valores:
Quer saber mais? Acesse:
http://www.cvm.gov.br/

*o conceito de liquidez aqui é no sentido do proprietário da ação PN ter mais facilidade de vendê-la na Bolsa, é uma ação mais negociada.

NOTA: as Sociedades Anônimas que estão aderindo ao Novo Mercado (governança corporativa) da BOVESPA só podem emitir ações do tipo ON , mas o Novo Mercado será assunto de outra postagem.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

BOLSA DE VALORES III

Uma SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO precisa ser registrada na CVM-Comissão de Valores Mobiliários, que é o órgão regulador e fiscalizador do Mercado de Capitais. Uma empresa vende ações ao público para se capitalizar, levantar fundos (dinheiro), sem precisar recorrer a empréstimo bancário. Esse é o mercado primário: quando uma empresa vende ações “novas”, faz lançamento de ações no mercado (é o chamado IPO – sigla em inglês para oferta pública de ações -). EXEMPLO: vamos supor que a PETROBRAS faça o lançamento, na próxima semana, de ações novas, e eu compre um lote dessas ações (quem vai receber meu dinheiro é a PETROBRAS, e eu passo a ser proprietário de um “pedaço” da PETROBRAS, passo a ser detentor de uma parcela do capital da PETROBRAS – correspondente à cota que eu comprei -), esse é o mercado primário; vamos considerar, agora, que daqui a 3 meses eu pegue esse lote de ações que comprei da PETROBRAS e venda para uma outra pessoa, agora já estamos no mercado secundário, a pessoa vai me pagar e eu passarei para essa pessoa o lote de ações, neste caso a PETROBRAS não está recebendo dinheiro algum, por isso, mercado secundário. Ah, sim, e quando eu vendi essas ações isso aconteceu aonde mesmo? Na Bolsa de Valores (no caso do Brasil, na BOVESPA-Bolsa de Valores de São Paulo), que é o local apropriado para se negociar ações no mercado secundário.
E qual o motivo que me levou a investir na PETROBRAS? Como disse, a partir do momento que comprei ações dessa Empresa passei a ser dono de um pedaço dela, então, tenho direito a parte dos lucros e dos dividendos que ela gerar quando terminar o exercício (estou confiante que ela vai dar lucro); claro, então, que se a empresa não der lucro naquele período (exercício) não terei direito a receber lucro, óbvio. Então essa é a única maneira de ganhar dinheiro investindo em ações: esperar que a Companhia dê lucro e distribua parte desse lucro (proporcional à quantidade de ações que eu tenho) para mim. Não. Vamos lembrar lá em cima, eu comprei ações da PETROBRAS e 3 meses depois as revendi, vamos supor que comprei uma ação valendo R$20,00, e revendi por R$25,00, estarei ganhando R$5,00 por cada ação que revendi. Em resumo, posso ganhar dinheiro com ações: 1. Recebendo parte dos lucros e dividendos; 2. Revendendo as ações por um valor maior do que eu comprei.
Então, vou pegar as ações que tenho da PETROBRAS (apenas um exemplo) e vou lá na BOVESPA vender elas, e lá mesmo vou aproveitar para comprar ações do Banco do Brasil (também exemplo). Não posso fazer isso não: para toda essa negociação é necessário eu me cadastrar numa Corretora credenciada (no site da BOVESPA – abaixo -) consta a relação com todas as Corretoras.

Leia outras postagens sobre Bolsa de Valores:
http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/bolsa-de-valores.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/bolsa-de-valores-ii.html

Quer saber mais? Acesse:
http://www.bovespa.com.br/Principal.asp
http://www.cvm.gov.br/

OBSERVAÇÕES:
A) Outro dia falamos mais sobre a Bolsa;
B) Citei PETROBRAS E BANCO DO BRASIL apenas COMO EXEMPLO, poderia ter citado outras companhias, não vai aqui nenhuma recomendação de compra de ações dessas Empresas, o blog NÃO funciona como consultor financeiro.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

ALELUIA, ALELUIA, BANCO CENTRAL

Na postagem do dia 19 tinhamos colocado que o Banco Central não teria a coragem e a ousadia de reduzir a taxa SELIC para 12,75%, pois não é que "queimei a língua" (ainda bem); surpreendentemente o BACEN reduziu a taxa em um ponto percentual, tudo bem que a decisão não foi unânime, 3 integrantes do Colegiado (COPOM) queriam a redução de 0,75, mas a maioria (5 integrantes) decidiu por uma redução maior.

Leia sobre o COPOM e a taxa SELIC em:
http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/copom.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/selic-e-taxa-selic.html

Veja o comunicado constante no site do Banco Central (mas lembro que só na quinta-feira da próxima semana, 29.01, será publicada a Ata da reunião do COPOM, aí sim saberemos detalhes sobre o que foi discutido):

"Copom reduz a taxa Selic para 12,75% ao ano
21/1/2009 18:58:00

Brasília – Avaliando as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 12,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,75 p.b. Com isso, o Comitê inicia um processo de flexibilização da política monetária realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros, sem prejuízo para o cumprimento da meta para a inflação.

21 de janeiro de 2009

Banco Central do Brasil
Assessoria de Imprensa
imprensa@bcb.gov.br
(61) 3414-3462".

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”: veja que na nota acima tem "...12,75% a. a. sem viés,..."; na postagem sobre o COPOM, datada de 11.12.08, colocamos que a segunda reunião do COPOM, neste ano, será 10 e 11 de março; quando hoje, 21.01, o COPOM toma uma decisão e coloca o termo “sem viés”, quer dizer que o COPOM não modificará os juros antes da próxima reunião, ou seja, só teremos uma nova decisão na reunião de março. UM EXEMPLO: vamos supor que a decisão de hoje, do COPOM, fosse de REDUZIR A TAXA SELIC PARA 12,75% A. A. COM VIÉS DE BAIXA, significaria que antes mesmo da reunião de 10 e 11 de março o COPOM poderia reduzir a taxa SELIC, o mesmo exemplo pode ser olhado se a decisão tivesse sido de REDUZIR A TAXA SELIC PARA 12,75% A.A. COM VIÉS DE ALTA, isso indicaria que, antes mesmo de 10 e 11 de março o COPOM poderia aumentar a taxa SELIC. Como a decisão foi de redução mas SEM VIÉS, a taxa ficará em 12,75% até a reunião de março.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

JUÍZO, BANCO CENTRAL, JUÍZO

A reunião do COPOM-Conselho de Política Monetária, que vai fixar a nova taxa SELIC (taxa básica de juros), vai acontecer amanhã e depois, 20 e 21. Eu ia dizer que o país todo - à exceção do sistema financeiro - clama por uma redução da taxa (os últimos números de redução da atividade econômica na indústria brasileira são preocupantes), mas até Márcio Cypriano, presidente do bradesco, pediu a Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, a redução da taxa SELIC. Se o COPOM tivesse ousadia e coragem reduziria a taxa dos atuais 13,75% a. a. para 12,75 a. a., mas como essa não é a característica do COPOM acreditamos que, na melhor das hipóteses, a redução será para 13,25%.

Como o COPOM, ao fixar a SELIC, olha a trajetória da inflação, quem tiver interesse pode assistir um vídeo com a entrevista coletiva de divulgação do Relatório de Inflação elaborado pelo Banco Central, ocorrida em 22.12.08 (apresentação: Diretor Mário Mesquita).
Basta acessar:
http://www.bcb.gov.br/pec/relinf/apres-20081222/player_frame.html

Para fins didáticos quero informar que logo no início da entrevista é feita referência ao índice CRB:
Índice CRB: aponta a evolução de preços das commodities mais negociadas no mercado internacional, como café, petróleo, ouro, algodão, etc.
Commodities: "(significa mercadoria em inglês) pode ser definido como mercadorias, principalmente minérios e gêneros agrícolas, que são produzidos em larga escala e comercializados em nível mundial. As commodities são negociadas em bolsas de mercadorias, portanto seus preços são definidos em nível global, pelo mercado internacional.
As commodities são produzidas por diferentes produtores e possuem características uniformes. Geralmente, são produtos que podem ser estocados por um determinado período de tempo sem que haja perda de qualidade. As commodities também se caracterizam por não ter passado por processo industrial, ou seja, são geralmente matérias-primas.
O Brasil é um grande produtor e exportador de commodities. As principais commodities produzidas e exportadas por nosso país são: petróleo, café, suco de laranja, minério de ferro, soja e alumínio. Se por um lado o país se beneficia do comércio destas mercadorias, por outro o torna dependente dos preços estabelecidos internacionalmente. Quando há alta demanda internacional, os preços sobem e as empresas produtoras lucram muito. Porém, num quadro de recessão mundial, as commodities se desvalorizam, prejudicando os lucros das empresas e o valor de suas ações negociadas em bolsa de valores” (disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/commodities.htm ).

Para ler sobre o COPOM e sobre a TAXA SELIC:
http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/copom.html
http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/selic-e-taxa-selic.html

PROJETO FX-2

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: revista IstoÉ Dinheiro 588, de 14.01.09, pág. 10: AVIAÇÃO. OS FINALISTAS DA CONCORRÊNCIA DA FAB. A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou os três finalistas do processo de escolha do novo avião de combate que vai patrulhar o espaço aéreo brasileiro. Boeing (Estados Unidos), Saab (Suécia) e Dassault (França) foram as empresas que superaram a primeira base seletiva. Batizado de FX-2, o projeto está estimado em mais de US$ 2 bilhões para a compra de 36 aeronaves. Segundo a FAB, o nome do vencedor será apresentado até o final de março. Observe a seguir as principais características das aeronaves selecionadas pelo governo brasileiro.

AVIÃO RAFALE-C
FABRICANTE: Dassault (França)
VELOCIDADE 2.124 km/h
CARGA BÉLICA: 1 canhão de 30 mm e 6 toneladas de bombas e mísseis
PRINCIPAL VANTAGEM: melhor desempenho em combate
PREÇO: US$ 88 milhões

AVIÃO F-18 E/F
FABRICANTE: Boeing (Estados Unidos)
VELOCIDADE: 2.160 km/h
CARGA BÉLICA: 1 canhão de 8 mm e 8 toneladas de bombas e mísseis
PRINCIPAL VANTAGEM: radar mais avançado que o dos concorrentes
PREÇO: US$ 55 milhões

AVIÃO GRIPEN NG
FABRICANTE: Saab (Suécia)
VELOCIDADE: 2.410 KM/H
CARGA BÉLICA: 1 canhão de 27 mm e 6 toneladas de bombas e mísseis
PRINCIPAL VANTAGEM: oferece ampla transferência tecnológica
PREÇO: US$ 76 milhões

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”:
o projeto FX-2 visa reequipar e modernizar a Aviação de Caça da FAB. A idéia é que esses “caças múltiploemprego” comecem a ser entregues a partir de 2014 e tenham vida útil de 30 anos. Se olharmos só a questão de preço (que é uma variável importante mas não pode ser a única), a proposta mais vantajosa seria a da empresa norte-americana Boeing (avião F-18 E/F), mas tem um quesito fundamental na proposta da sueca Saab (avião GRIPEN NG), que é a transferência tecnológica, ponto fundamental para o desenvolvimento e a capacitação tecnológica. Além disso, fomos lá no site http://www.defesabr.com/Fab/fab_novofx.htm , e ali consta uma outra comparação entre os 3 aviões. Percebemos nesse site que, apesar da menor carga bélica, “... o Gripen New Generation é menor e mais leve, facilitando a atividade logística e também viabilizando o emprego em estradas e pistas curtas e mais rudimentares, de até 800 m. Reconhecidamente, possui o menor custo por hora de vôo (US$ 4 mil contra US$ 14 mil dos demais) (...) é mais fácil e rápido de ser recarregado, em apenas 10 min com 5 homens (...), o Gripen é um monomotor contra dois bimotores, tendo a mesma velocidade do Rafale e superando o F/A-18 (...). Nos quesitos Alcance e Raio de Ação, o Gripen deixa de ser inferior e sua nova versão NG supera os outros dois concorrentes”.

Não sou conhecedor de aviação, em especial aviação militar (me pauto pela leitura na mídia e em alguns sites da área), mas pelas informações disponíveis fica parecendo que a melhor proposta é a da empresa sueca Saab, isso, claro, se ficar garantida, realmente, a “ampla transferência tecnológica”, até pelo fato de que boa parte dos componentes do Gripen é de origem norte-americana, e os EUA são, tradicionalmente, resistentes à transferência de tecnologia.

Uma outra questão a considerar é que, na visita que o presidente francês Nicolas Sarkozy fez ao Brasil em dezembro/2008, foram tomadas iniciativas para que a França incremente a parceria militar com o Brasil.

Leiam mais em:
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php
http://www.defesabr.com/Fab/fab_novofx.htm
https://www.defesa.gov.br/

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

PIB-PRODUTO INTERNO BRUTO I

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: no site do UOL: “14/01/2009 - 11h39. China passa Alemanha e se torna 3ª maior economia do mundo. Da Redação. Em São Paulo. O Produto Interno Bruto da China em 2007 superou o da Alemanha, colocando o país asiático pela primeira vez como a terceira maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão (veja tabela abaixo). A constatação, divulgada nesta quarta-feira, é do Escritório Nacional de Estatística da China, que fez uma revisão dos dados de 2007. O PIB chinês somou US$ 3,76 trilhões segundo o novo cálculo; o anterior apontava US$ 3,28 trilhões. O da Alemanha ficou em US$ 3,32 trilhões”.














































OS MAIORES DO MUNDOPIB em 2007, em US$ tri
Estados Unidos13,81
Japão4,38
China3,76
Alemanha3,32
Reino Unido2,80
França2,59
Itália2,10
Canadá1,44
Espanha1,44
Brasil1,31
Rússia1,23
Índia1,10
México1,02
Mundo54,58
Fonte: FMI e Escritório Nacional de Estatísticas da China


SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”: o PIB – Produto Interno Bruto é a soma de tudo (bens + serviços) que é produzido numa região, e num período de tempo, é soma de toda a riqueza gerada. Então temos o PIB de um país num mês, ou num trimestre, ou no ano, e por aí vai. O PIB é calculado também para cidades ou regiões (o PIB da Bahia em 2008, o PIB do NORDESTE, o PIB de Salvador, etc etc). É uma forma de ser encontrar o TAMANHO DA ECONOMIA. Se o Estado de São Paulo tem o maior PIB do Brasil significa que ali é a maior economia do país. No Brasil quem calcula o PIB é o IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que faz a divulgação a cada trimestre. Hoje, nossa intenção é desmistificar dois pontos em relação ao PIB:
1. É inegável a importância do crescimento do PIB, afinal de contas um país só pode distribuir riqueza se tiver essa riqueza para distribuir, então, quanto maior o PIB – e também o PNB – maior a “possibilidade” de ocorrer uma melhoria de renda das pessoas daquele país;
2. Mas é justamente no quesito anterior que pode ocorrer um engano, nós falamos em “possibilidade”, a priori nada garante que um país mais rico seja aquele que, necessariamente, vai promover uma melhor qualidade de vida da sua população (deveria ser assim), então não vamos fazer essa dedução, como se fosse uma lei “país mais rico → povo mais feliz”; um país pode ser muito rico, ou seja, ter um PIB muito alto, mas se a concentração de renda for grande, parte da população pode não estar usufruindo dessa riqueza (do país).

Em outro momento apresentaremos a diferença entre PIB REAL e PIB NOMINAL, a diferença entre PIB E PNB-PRODUTO NACIONAL BRUTO, etc etc.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

INFLAÇÃO - IPCA

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: JORNAL GAZETA MERCANTIL DE ONTEM, PÁG. A4: INFLAÇÃO. IPCA encerra 2008 com alta de 5,90%. O resultado é a menor taxa para o mês de dezembro desde o início do Plano Real.
SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”: o IPCA é, entre outros, mais um índice que mede a inflação (ainda teremos uma postagem tratando apenas sobre INFLAÇÃO). Esse índice, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é calculado pelo IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo que o período de coletas de dados vai do dia 1º até o dia 30 de cada mês. Esse Índice tem a denominação de Amplo pelo fato de abranger um número maior de produtos, na medida em que inclui famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos (atualmente de R$415,00 a R$16.600,00), residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília, e no município de Goiânia.
Tiramos do site do IBGE a estrutura de ponderação do IPCA (válida a partir de 2006):







































alimentos e bebidas22,1417%
habitação13,2752%
artigos de residência5,4821%
vestuário6,1698
transportes20,7942%
saúde e cuidados pessoais10,5068%
despesas pessoais9,2289%
educação6,5536%
comunicação5,8475%
total100,00%


FONTE: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=517&id_pagina=1

A ponderação por regiões também mudou a partir de 2006, e ficou assim:



















































São Paulo33,06%
Rio de Janeiro13,68%
Belo Horizonte10,83%
Porto Alegre8,92%
Curitiba7,42%
Salvador6,87
Belém4,15%
Recife4,10%
Fortaleza3,87%
Goiânia3,73%
Brasília3,37%
Total100,00%


FONTE: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=517&id_pagina=1


Como consta na Gazeta Mercantil de ontem o IPCA variou 5,90% no ano de 2008, e tiramos também do site do IBGE a participação de cada grupo de produtos nesse percentual de 5,90%, ou seja, a variação de preços, em 2008, de cada grupo de produtos e como cada grupo de produtos "contribuiu" com o percentual de 5,90%:















































GrupoVariaçãoContribuição (pontos percentuais)
Alimentação e bebidas11,11%2,42
Habitação5,08%0,67
Artigos de residência1,99%0,09
Vestuário7,31%0,48
Transportes2,32%0,47
Saúde e cuidados pessoais5,73%0,62
Despesas pessoais7,35%0,72
Educação4,56%0,32
Comunicação1,780,11
Total-5,90%


Teria mais coisa para escrever sobre o IPCA, mas vai ficar mais cansativo ainda para quem lê, então deixaremos para outra postagem, mas se você quiser saber mais sobre inflação veja a postagem “Deflação em Dezembro”, de 29.12: http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/deflao-em-dezembro.html”.~

NOTA: deu para perceber como ainda estou "apanhando" do blog, não é? consigo colocar a tabela corretamente, utilizando o editor de html, mas não estou conseguindo evitar que fique com esse espaço enorme entre o texto e a tabela, vou me informar e procurar corrigir (PEÇO DESCULPAS).

domingo, 11 de janeiro de 2009

DEVOLVA MEU INSS

A postagem do último dia 08, DEVOLVA MEU FGTS,
http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/devolva-meu-fgts.html , me levou a um outro assunto que considero uma aberração. Até 1995 quando o aposentado continuava trabalhando a empresa, corretamente, descontava a contribuição para o INSS sobre o salário, pois o aposentado estava na ativa, com o mesmo, ou com um novo, vínculo empregatício (logo é segurado obrigatório), mas o que acontecia? Quando esse aposentado/empregado se afastava dessa segunda atividade o INSS devolvia para ele toda a importância que foi descontada (corrigida), já que essa contribuição em nada vai beneficiar o aposentado (ele não terá outra aposentadoria nem vai melhorar o valor da aposentadoria que ele já tem), esse benefício era chamado de PECÚLIO. Pois a partir de 1995 mudou, foi extinto esse PECÚLIO, e o aposentado que voltar a ter um novo emprego (ou permanecer no mesmo) vai contribuir para o INSS "para nada". Ele não tem mais direito a essa devolução. Convenhamos que isso é de uma grande injustiça: CONTRIBUIR PARA NADA.

BOLSA DE VALORES II

A origem das Bolsas de Valores é duvidosa, não se tem convicção se surgiram na Roma Antiga ou na Grécia Antiga, mas uma coisa é certa, a Bolsa, nos primórdios, não tinha a característica que tem hoje, de compra e venda de ações, o objetivo era a negociação de moedas e metais preciosos.
O termo “Bolsa” surge em Bruges, na Bélgica:
“A palavra Bolsa, no seu sentido comercial e financeiro, nasceu em Bruges, cidade lacustre da Bélgica, capital de Flandres, pertencente à Liga Hanseática, onde se realizavam assembléias de comerciantes na casa de um senhor chamado Van der Burse, em cuja fachada havia um escudo com três bolsas, brasão d’armas do proprietário” (Disponível em: http://www.multitexto.com.br/Mercado.asp?Param=Topo1&ID=141).
Em 1141 Luis VII implanta a Bourse de Paris, na França, sendo que no Brasil a Bolsa vai surgir em 1845 com o Imperador do Brasil, Dom Pedro II:
“A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foi a primeira bolsa a ser fundada no Brasil. Antes do início formal de suas operações, em 1845, os negócios – com produtos como fretes de navio e mercadorias de importação e exportação – eram realizados em uma espécie de pregão ao ar livre e os corretores eram chamados zangões. A atividade ganhou grande impulso a partir da vinda da família real para o Brasil, o que levou às primeiras tentativas de organização do mercado. Surgiu aí o conceito de Praça de Comércio, algo bem parecido com a noção de pregão organizado” (Disponível em: http://www.bvrj.com.br/pages/historia/historia.asp).
Vemos, então, que o surgimento das Bolsas teve como finalidade, inicialmente, a negociação de mercadorias, moedas, metais preciosos, e não os títulos (ações) como é hoje.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

OS ASSASSINATOS DE ISRAEL

A RESPEITO DA MATANÇA QUE ISRAEL ESTÁ PROMOVENDO EM GAZA, PERMITIDA CINICAMENTE PELO PRIMEIRO MUNDO, EM ESPECIAL OS EUA, TRANSCREVO O ARTIGO DO JORNALISTA BRITÂNICO ROBERT FISK:


"Por que nos odeiam tanto?!”


Assim, mais uma vez, Israel abriu as portas do inferno sobre os palestinos: 40 refugiados civis mortos numa escola da ONU, mais três em outra. Nada mau, para uma noite de trabalho do exército que acredita na "pureza das armas". Não pode ser surpresa para ninguém.
Esquecemos os 17.500 mortos – quase todos civis, a maioria mulheres e crianças – de quando Israel invadiu o Líbano, em 1982? E os 1.700 civis palestinos mortos no massacre de Sabra-Chatila? E o massacre, em 1996, em Qana, de 106 refugiados libaneses civis, mais da metade dos quais crianças, numa base da ONU? E o massacre dos refugiados de Marwahin, que receberam ordens de Israel para sair de suas casas, em 2006, e foram assassinados na rua pela tripulação de um helicóptero israelense? E os 1.000 mortos no mesmo bombardeio de 2006, na mesma invasão do Líbano, praticamente todos civis?
O que surpreende é que tantos líderes ocidentais, tantos presidentes e primeiros-ministros e, temo, tantos editores e jornalistas tenham acreditado na mesma velha mentira: que os israelenses algum dia tenham-se preocupado com poupar civis. "Israel toma todo o cuidado possível para evitar atingir civis", disse mais um embaixador de Israel, apenas horas antes do massacre de Gaza.
Todos os presidentes e primeiros-ministros que repetiram a mesma mentira, como pretexto para não impor o cessar-fogo, têm as mãos sujas do sangue da carnificina de ontem. Se George Bush tivesse tido coragem para exigir imediato cessar-fogo 48 horas antes, todos aqueles 40 civis, velhos, mulheres e crianças, estariam vivos.
O que aconteceu não foi apenas vergonhoso. O que aconteceu foi uma desgraça. "Atrocidade" é pouco, para descrever o que aconteceu. Falaríamos de "atrocidade" se o que Israel fez aos palestinos tivesse sido feito pelo Hamás. Israel fez muito pior. Temos de falar de "crime de guerra", de matança, de assassinato em massa.
Depois de cobrir tantos assassinatos em massa, pelos exércitos do Oriente Médio – por sírios, iraquianos, iranianos e israelenses – seria de supor que eu já estivesse calejado, que reagisse com cinismo. Mas Israel diz que está lutando em nosso nome, contra "o terror internacional". Israel diz que está lutando em Gaza por nós, pelos ideais ocidentais, pela nossa segurança, pelos nossos padrões ocidentais.
Então também somos criminosos, cúmplices da selvageria que desabou sobre Gaza.
Reportei as desculpas que o exército de Israel tem oferecido ao mundo, já várias vezes, depois de cada chacina. Dado que provavelmente serão requentadas nas próximas horas, adianto algumas delas: que os palestinos mataram refugiados palestinos; que os palestinos desenterram cadáveres para pô-los nas ruínas e serem fotografados; que a culpa é dos palestinenses, por terem apoiado um grupo terrorista; ou porque os palestinenses usam refugiados inocentes como escudos humanos.
O massacre de Sabra e Chatila foi cometido pela Falange Libanesa aliada à direita israelense; os soldados israelenses assistiram a tudo por 48 horas, sem nada fazer para deter o morticínio; são conclusões de uma comissão de inquérito de Israel. Quando o exército de Israel foi responsabilizado, o governo de Menachem Begin acusou o mundo de preconceito contra Israel.
Depois que o exército de Israel atacou com mísseis a base da ONU em Qana, em 1996, os israelenses disseram que a base servia de esconderijo para o Hizbollah - guerra deflagrada porque o Hizbóllah capturou dois soldados israelenses na fronteira. Mas esses não foram crimes do Hizbollah; foram crimes de Israel.
Israel insinuou que os corpos das crianças assassinadas num segundo massacre em Qana teriam sido desenterrados e expostos para fotografias. Mentira.
Sobre o massacre de Marwahin, nenhuma explicação. As pessoas receberam ordens, de um grupo de soldados israelenses, para evacuar as casas. Obedeceram. Em seguida, foram assassinadas por matadores israelenses. Os refugiados reuniram os filhos e puseram-se à volta dos caminhões nos quais viajavam, para que os pilotos dos helicópteros vissem quem eram, que estavam desarmados. O helicóptero varreu-os a tiros, de curta distância. Houve dois sobreviventes, que se salvaram porque fingiram estar mortos. Israel não tentou nenhuma explicação.
Doze anos depois, outro helicóptero israelense atacou uma ambulância que conduzia civis de uma vila próxima – outra vez, soldados israelenses ordenaram que saíssem da ambulância – e assassinaram três crianças e duas mulheres. Israel alegou que a ambulância conduzia um ferido do Hizbollah. Mentira.
Cobri, como jornalista, todas essas atrocidades, investiguei-as uma a uma, entrevistei sobreviventes. Muitos jornalistas sabem o que eu sei. Nosso destino foi, é claro, o mais grave dos estigmas: fomos acusados de anti-semitismo.
Por tudo isso, escrevo aqui, sem medo de errar: agora recomeçarão as mais escandalosas mentiras. Primeiro, virá a mentira do "culpem o Hamás" – como se o Hamás já não fosse culpado dos próprios crimes! Depois, talvez requentem a mentira dos cadáveres desenterrados para fotografias. E com certeza haverá a mentira do "homem do Hamás na escola da ONU". E com absoluta certeza virá também a mentira do anti-semitismo. Os líderes ocidentais cacarejarão, lembrando ao mundo que o Hamás rompeu o cessar-fogo. É mentira.
O cessar-fogo foi rompido por Israel, primeiro dia 4/11; quando bombardeou e matou seis palestinenses em Gaza e, depois, outra vez, dia 17/11, quando outra vez bombardeou e matou mais quatro palestinenses.
Sim, os israelenses merecem segurança. 20 israelenses mortos nos arredores de Gaza é número escandaloso. Mas 600 palestinenses mortos em uma semana, além dos milhares assassinados desde 1948 – quando a chacina de Deir Yassin ajudou a mandar para o espaço os habitantes autóctones dessa parte do mundo que viria a chamar-se Israel – é outro assunto e é outra escala.
Dessa vez, temos de pensar não nos banhos de sangue normais no Oriente Médio. Dessa vez é preciso pensar em massacres na escala das guerras dos Bálcãs, dos anos 90. Ah, sim.
Quando os árabes enlouquecerem de fúria e virmos crescer seu ódio incendiário, cego, contra o Ocidente, sempre poderemos dizer que "não é conosco". Sempre haverá quem pergunte "Por que nos odeiam tanto?"
Que, pelo menos, ninguém minta que não sabe por quê."

Robert Fisk escreve para o jornal inglês The Independent "

QUER SE APOSENTAR? VÁ TRABALHAR

SE VOCÊ QUER SABER QUANTO TEMPO FALTA PARA SE APOSENTAR SIGA O ROTEIRO ABAIXO E FAÇA UMA SIMULAÇÃO:

Roteiro para calcular tempo de serviço:

1) www.previdencia.gov.br
2) clicar em:
- Portal MPS. Acesse a versão anterior (lá na parte de baixo)*
- serviços
- calcule sua aposentadoria (simulação)
- simulação da contagem de tempo de contribuição
- contagem de tempo de contribuição?
3) lançar número do PIS, ou PASEP
4) lançar: nome, sexo, Estado
5) a partir desse ponto, com base na carteira profissional (ou carnê de contribuição), ir lançando primeiro dia do contrato, último dia do contrato, depois clicando em “outro período” para lançar novos contratos de trabalho, e ao final de todos os contratos clicar em OK.
6) Vai aparecer a lista de todos os períodos, clicar agora em Calcular
*ainda vou verificar como é o roteiro nessa nova versão do site da Previdência, mas enquanto isso podem ir utilizando esse roteiro na versão anterior do site que ainda está disponível.

DEVOLVA MEU FGTS

Uma notícia que já saiu na imprensa, mas muita gente ainda não sabe: quando a pessoa se aposenta e continua trabalhando na mesma Empresa tem direito a receber a devolução do FGTS que a empresa deposita todo mês na Caixa Econômica Federal. Esse entendimento tem por base a decisão do Supremo Tribunal Federal de que a aposentadoria não extingue o vínculo empregatício. Para sacar mensalmente o FGTS que a Empresa vai continuar depositando o aposentado/empregado deve comparecer a uma agência da Caixa com os seguinte documentos:

- documento fornecido pelo INSS que comprove a aposentadoria;
- carteira de trabalho;
- Cartão Cidadão (ou cartão de inscrição no PIS/PASEP);
- fotocópia do RG, CPF e da Carteira de Trabalho (as páginas com identificação e foto, qualificação e o contrato de trabalho da referida conta).

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

POBRE NÃO PODE NEM SE DIVORCIAR

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: jornal Folha de São Paulo de ontem, Caderno Dinheiro, pág. B3: “Crise diminui pedidos de divórcio nos EUA”
SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”: é, conhecem aquela situação em que o casamento está uma maravilha, a toda hora MEU BEM, MEU BEM, mas quando vem a separação passa a ser MEUS BENS, MEUS BENS, na briga para dividir carro, imóvel, etc? Pois a classe média norte-americana conseguiu inverter, agora quem enfrenta o divórcio declara SEUS BENS, SEUS BENS; acontece que, com a crise no mercado imobiliário norte-americano os imóveis estão desvalorizados, valendo menos do que a hipoteca, então casais que estão se separando mas têm imóvel hipotecado, cada um briga para empurrar o imóvel (e a dívida) para o outro, ninguém quer herdar o “abacaxi”, levar uma hipoteca maior do que o valor de mercado do imóvel, então a moda agora é SEUS BENS, SEUS BENS (a que ponto chegamos, hein?).
Outra questão: à exceção da classe alta norte-americana, as demais classes, quando olham o custo dos processos de separação, e os custos de viverem em duas casas separadas, estão desistindo de se separar e continuam “tolerando” o(a) outro(a), e ainda há casais que se separam mas continuam morando na mesma residência para evitar, da mesma forma, a manutenção de duas casas (o que faz uma crise econômica, não?).

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

ANIVERSÁRIO DE UM MÊS

ONTEM, 01.01.09, COMPLETOU UM MÊS QUE COLOCAMOS NOSSA PRIMEIRA POSTAGEM NO BLOG, E JÁ TIVEMOS CERCA DE 370 VISITAS. ENTÃO SÓ TENHO A AGRADECER A VOCÊS, LEITORES. PARA QUEM COMEÇOU AGORA, AINDA É UM PRINCIPIANTE EM ADMINISTRAÇÃO DE BLOG, ALIÁS, AINDA ESTOU "APANHANDO" UM BOCADO DO BLOG, AINDA ESTOU EM FASE DE APRENDIZADO, ACHO QUE TIVEMOS UMA BOA MÉDIA DE VISITAS. MEUS AGRADECIMENTOS.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

INFLAÇÃO DE OFERTA II

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: ainda sobre inflação de oferta, tratada na postagem anterior, http://economistaivangargur.blogspot.com/2009/01/inflao-de-oferta.html , vejamos o que saiu no jornal Folha de São Paulo de ontem, pág. B4, sobre aumento nos custos de produção:
"O querosene de aviação acumulou queda de 3,71% em 2008. Segundo o Snea (Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias), trata-se do primeiro recuo nos últimos quatro anos. Amanhã, o combustível terá nova redução de preço, de 16,76%. Apesar disso, o sindicato afirma que, no curto prazo, o consumidor não será beneficiado com passagens mais baratas. De acordo com o Snea, a alta do dólar no segundo semestre eliminou os efeitos positivos da queda do preço do petróleo.
De janeiro a julho, o preço do querosene de aviação acumulou alta de 35,32%. O combustível representa 30% dos custos de uma companhia aérea.
Afetadas pela alta do petróleo no primeiro semestre, as companhias aplicaram reajustes, principalmente nas rotas mais procuradas por viajantes a negócios, como a ponte aérea Rio-São Paulo”.

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”:
1. Inicialmente é importante perceber o peso que tem o combustível* nos custos de uma companhia aérea, 30%, ou seja, somados todos os itens que compõem os CUSTOS DE PRODUÇÃO, o combustível representa quase um terço;
2. No primeiro semestre do ano passado, enquanto o dólar ainda estava baixo (lembrem, em 30.06.08 valia R$1,59), o que pesava era o valor do petróleo: no final de 2007 o barril do petróleo valia em torno de 95 dólares e no início de julho/08 estava em 147 dólares;
Depois a situação inverteu, se o preço do barril do petróleo vem recuando, apesar dos “catastróficos” terem previsto que o barril chegaria logo logo a 200 dólares, no final de 2008 estava em cerca de 35 dólares; isso facilitaria uma possível redução no preço das passagens aéreas, mas aí entra uma outra variável, é que o valor desse dólar, como já vimos, aumentou durante todo o segundo semestre do ano passado: ontem estava valendo R$2,33.

FINALIZANDO - tivemos então movimentos em sentidos contrários:
1º semestre: dólar barato mas o petróleo fica mais caro
2º semestre: petróleo fica mais barato mas dólar fica mais caro.
*NOTA: os combustíveis de aviação, tanto o Querosene de Aviação/QAV-1 (utilizado em aviões modernos com motores à turbina), como a Gasolina de Aviação/GAV (para motores de combustão interna e é destinada a aviões de pequeno porte que possuem motores com ignição por centelha.), são, entre tantos outros, subprodutos do petróleo. Fonte:

INFLAÇÃO DE OFERTA I

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: jornal A Tarde de hoje, matéria da Agência Estado, SP: “COMPUTADOR E CELULAR VÃO PESAR MAIS NO BOLSO. Custo de Vida: indústria de eletroeletrônicos, principalmente a linha de informática, irá reajustar os preços em até 20%. O motivo: a alta do dólar e o aumento dos custos de produção.
Varejo, fabricantes de equipamentos e consultorias reconhecem que 2009 será um ano desafiador para o comércio de eletrônicos, com estagnação nas vendas de computadores de celulares – dois dos itens que mais avançaram nos últimos anos.
CRÉDITO – A B2W, companhia criada da fusão entre a Americanas.com e o Submarino, deve enfrentar dificuldades em 2009. A restrição ao crédito foi apontada como vilã. A companhia terá custos adicionais para obter funding junto aos bancos para financiar os clientes e provavelmente enfrentará aumento de inadimplência, segundo relatório do banco Fator” (o negrito foi nosso).

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”:
Para quem não leu, ou não se lembra, do que significa funding basta ler a postagem de dias atrás: http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/funding.html .
Aproveitando o que saiu na mídia, e já que tratamos de INFLAÇÃO DE DEMANDA quando falamos sobre a FBCF-Formação Bruta de Capital Fixo (http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/olhem-que-nome-bonito-formao-bruta-de.html) , vamos tratar agora da INFLAÇÃO DE OFERTA, também chamada INFLAÇÃO DE CUSTOS. Você leitor(a), tem uma fábrica de móveis de madeira, veja só, você só fabrica os móveis, você compra a madeira de uma outra pessoa – o madeireiro -, de repente, início de 2009, você faz a compra da madeira mas seu fornecedor cobrou um preço 50% maior pela madeira, o que você, provavelmente, fará? Aumentará o preço dos seus móveis, confere? Essa é a inflação de custos, associada à inflação de Oferta. Quando o CUSTO para produzir algo aumenta (o chamado CUSTO DE PRODUÇÃO: se aumentou o preço de algum item que compõe o produto, item que entra na fabricação do produto, e o empresário repassou esse aumento – ou uma parte dele – para o preço final do produto, é a chamada INFLAÇÃO DE CUSTOS). Lembra quando o trigo constantemente aumentava de preço o pão também ficava mais caro? É disso que está tratando - mesmo sem citar explicitamente - a nota que colocamos na SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”, produtos cotados em dólar, ou cuja matéria-prima é importada (paga em dólar), a tendência é o produto ficar mais caro; se eu uso uma matéria-prima importada, que pago em dólar, e esse dólar ficou mais caro, a TENDÊNCIA, é que eu repasse esse aumento para o preço final do produto, ou seja, para o consumidor. E veja o que falamos sobre a alta do dólar na postagem http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/reservas-internacionais.html: em 30 de junho o dólar valia R$1,59 e em 21.12 valia R$2,38 (ontem, conforme consta no jornal Folha de São Paulo, estava valendo R$2,33).