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domingo, 8 de março de 2009

ADR: outra sopa de letras

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: Jornal Valor Econômico de 04.03.09, pág. D2: “Confusão leva Petrobras a mudar nome na Argentina. Investidores compravam ADRs da subsidiária argentina pensando que eram da companhia pela denominação parecida. Por Assis Moreira, de Genebra.
A Petrobras vai alterar neste mês o nome de sua subsidiária na Argentina e o registro na Bolsa de Nova York (Nyse) para evitar um tipo de confusão que já causou prejuízos a vários investidores. Oficialmente, a estatal se chama Petróleo Brasileiro. Quem carrega o nome de Petrobras Energia é a subsidiária argentina (...). Houve, assim, casos de investidores que achavam estar comprando American Depositary Receipt (ADR, recibos de ações negociados em Nova York) da matriz brasileira quando, na verdade, adquiriam o papel da subsidiária argentina. O problema ficou patente em 2007, quando alguns investidores não entendiam como seus papéis rendiam tão pouco, enquanto a Petrobras anunciava sucessivas descobertas de poços e valorização. Naquele ano, a ação da matriz brasileira deu retorno de 130% ao investidor, enquanto a subsidiária argentina rendia magros 14%”.

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”:
Vocês viram em postagens anteriores o que são Ações de uma Sociedade Anônima. Pois bem:
ADR é um papel (Recibo de ações) emitido e negociado nos Estados Unidos. Emite ADR empresas não sediadas nos EUA. É utilizado para captar recursos no exterior.
Vou tentar explicar o esquema: uma Empresa brasileira (ou de outro país) emite ações (ou compra ações no mercado secundário), deposita essas ações num banco nos Estados Unidos (esse banco será o custodiante, ou seja, terá a custódia, guarda, dessas ações); agora esse banco pode emitir os Recibos (os ADR), relativos a essas ações, e esses ADR passam a ser negociados no mercado norte-americano.
Em resumo: ADR só podem ser emitidos com lastro, esse lastro são as ações da empresa que ficarão custodiadas no banco.
Conforme vemos no Dicionário Financeiro da BOVESPA “investidores podem converter seus ADRs em ações da companhia, e negociá-las no país de origem da companhia”.
O ADR foi criado para possibilitar o acesso ao mercado de capitais norte-americano para empresas estrangeiras.

EXEMPLOS DE CITAÇÃO DE ADR NA IMPRENSA:

“02.03.2006] 00h00m /
Eletrobrás lança ADR em maio
Fernanda Nunes
A Eletrobrás pretende lançar ADRs nível 2 na Bolsa de Nova Iorque na segunda quinzena de maio, informou o presidente da empresa, Aloisio Vasconcelos”
Disponível em: http://www.energiahoje.com/index.php?ver=mat&mid=10361

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“Sábado, 10 de Janeiro de 2009
Estrangeiros correm para comprar ADRs brasileiros
Os bons ventos que tomam conta do mercado de ações local – o Ibovespa registra valorização de 10,57% até o dia 5 de janeiro - também é realidade no universo dos American Depositary Receipts (ADRs) negociados no mercado de Nova York. Se de um lado a Bolsa de Valores de São Paulo perde aplicações de recursos estrangeiros – há sete meses o resultado entre entradas e saídas é deficitário – de outro, os mesmos estrangeiros que aqui estavam e foram embora, correm para cima dos ADRs de empresas nacionais e mercados emergentes latinos, russas e demais mercados emergentes.”
Disponível em: http://bortolin.blogspot.com/2009/01/estrangeiros-correm-para-comprar-adrs.html

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“Belo Horizonte, 08 de Março de 2009
Cemig lança ADR’s em Nova York
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) realiza, amanhã (12), na Bolsa de Valores de Nova York, o lançamento de novas ADR’s (American Depositary Receipts) , lastreadas em ações ON”.
Disponível em:
http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=217&Itemid=74


OBS.: os três níveis de ADR serão apresentados em outro momento.

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