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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

SUBPRIME. SECURITIZAÇÃO. ALAVANCAGEM.

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”:
Economista Yoshiaki Nakano, em matéria publicada na revista Conjuntura Econômica da Fundação Getúlio Vargas, mês de novembro/08 (págs. 14-16): “CONTÁGIO – É preciso entender que um processo que se iniciou com o problema de insolvência (prevista) dos empréstimos imobiliários subprime, portanto setorial e localizada, revelou-se que abrangia todo o sistema financeiro com a securitização das hipotecas subprimes e alavancagem excessiva das instituições financeiras.”

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”:

SUBPRIME - segunda linha; empréstimo a pessoas com histórico de crédito desfavorável (histórico de inadimplência; maus pagadores); no caso da crise que explodiu nos EUA em setembro último a origem foi, justamente, o crédito hipotecário subprime; enquanto o crédito PRIME é de baixo risco o SUBPRIME é de alto risco.

SECURITIZAÇÃO – uma dívida (uma hipoteca, por exemplo), é convertida (transformada) em título e é vendida para investidores; as hipotecas referentes aos empréstimos imobiliários nos EUA tinham sido revendidas a bancos, que as revenderam novamente a outros bancos (e a investidores), e assim por diante; “atravessaram” até o Oceano na medida em que instituições européias também adquiriram esses títulos. A questão é que, se o tomador inicial do empréstimo não quita a dívida o problema se espalha como um efeito dominó.
Falando em números (um exemplo com dados extraídos de http://www.bndes.gov.br/conhecimento/visao/visao_44.pdf):
no ano de 2006 foi emitido um total de US$2.980.000.000.000,00 em hipotecas (é, é isso mesmo, quase 3 trilhões de dólares num ano), desse total 20%, ou seja, 600 bilhões de dólares era de empréstimos subprime (alto risco), e 80% dos empréstimos de alto risco, ou seja, 483 bilhões de dólares, eram de hipotecas subprimes securitizadas (foram transformadas em títulos e tinham sido vendidas para investidores).
Se quer saber mais sobre SECURITIZAÇÃO acesse: www.cibrasec.com.br/ .

ALAVANCAGEM (FINANCEIRA) – uso de recursos de terceiros em suas operações; todo Banco trabalha “alavancado” pois utiliza recursos de terceiros (credores) para emprestar para outros (devedores). Exemplo: eu visualizo a oportunidade de ganhar dinheiro comprando ações de determinada empresa, só que eu não disponho do capital para adquirir as ações, então peço dinheiro emprestado (a juros), e com esse empréstimo eu compro as ações; o que eu fiz? Estou usando dinheiro de terceiros (que passa a ser meu credor) para fazer um investimento (estou ALAVANCADO), ou seja, é preciso que o retorno do investimento nas ações seja um montante tal que permita que eu pague minha dívida (com os juros) e ainda tenha um ganho. A questão nos bancos e em empresas não é a alavancagem em si, pois bem utilizada pode-se ganhar muito dinheiro, mas se o grau de alavancagem for muito alto o risco de se perder dinheiro também é muito alto. Nessa crise nos EUA perderam mais os bancos que tinham títulos hipotecários dos EUA e que estavam, também, com alavancagem muito alta.

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