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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

INFLAÇÃO DE OFERTA I

SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”: jornal A Tarde de hoje, matéria da Agência Estado, SP: “COMPUTADOR E CELULAR VÃO PESAR MAIS NO BOLSO. Custo de Vida: indústria de eletroeletrônicos, principalmente a linha de informática, irá reajustar os preços em até 20%. O motivo: a alta do dólar e o aumento dos custos de produção.
Varejo, fabricantes de equipamentos e consultorias reconhecem que 2009 será um ano desafiador para o comércio de eletrônicos, com estagnação nas vendas de computadores de celulares – dois dos itens que mais avançaram nos últimos anos.
CRÉDITO – A B2W, companhia criada da fusão entre a Americanas.com e o Submarino, deve enfrentar dificuldades em 2009. A restrição ao crédito foi apontada como vilã. A companhia terá custos adicionais para obter funding junto aos bancos para financiar os clientes e provavelmente enfrentará aumento de inadimplência, segundo relatório do banco Fator” (o negrito foi nosso).

SEÇÃO “DESCOMPLICANDO A ECONOMIA”:
Para quem não leu, ou não se lembra, do que significa funding basta ler a postagem de dias atrás: http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/funding.html .
Aproveitando o que saiu na mídia, e já que tratamos de INFLAÇÃO DE DEMANDA quando falamos sobre a FBCF-Formação Bruta de Capital Fixo (http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/olhem-que-nome-bonito-formao-bruta-de.html) , vamos tratar agora da INFLAÇÃO DE OFERTA, também chamada INFLAÇÃO DE CUSTOS. Você leitor(a), tem uma fábrica de móveis de madeira, veja só, você só fabrica os móveis, você compra a madeira de uma outra pessoa – o madeireiro -, de repente, início de 2009, você faz a compra da madeira mas seu fornecedor cobrou um preço 50% maior pela madeira, o que você, provavelmente, fará? Aumentará o preço dos seus móveis, confere? Essa é a inflação de custos, associada à inflação de Oferta. Quando o CUSTO para produzir algo aumenta (o chamado CUSTO DE PRODUÇÃO: se aumentou o preço de algum item que compõe o produto, item que entra na fabricação do produto, e o empresário repassou esse aumento – ou uma parte dele – para o preço final do produto, é a chamada INFLAÇÃO DE CUSTOS). Lembra quando o trigo constantemente aumentava de preço o pão também ficava mais caro? É disso que está tratando - mesmo sem citar explicitamente - a nota que colocamos na SEÇÃO “DEU NA MÍDIA”, produtos cotados em dólar, ou cuja matéria-prima é importada (paga em dólar), a tendência é o produto ficar mais caro; se eu uso uma matéria-prima importada, que pago em dólar, e esse dólar ficou mais caro, a TENDÊNCIA, é que eu repasse esse aumento para o preço final do produto, ou seja, para o consumidor. E veja o que falamos sobre a alta do dólar na postagem http://economistaivangargur.blogspot.com/2008/12/reservas-internacionais.html: em 30 de junho o dólar valia R$1,59 e em 21.12 valia R$2,38 (ontem, conforme consta no jornal Folha de São Paulo, estava valendo R$2,33).

2 comentários:

  1. Boa tarde professor,
    Gostaria de saber se uma expansão monetária poderia gerar uma inflação de oferta.

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  2. Além disso, gostaria de saber se a quantidade de moeda é decisiva para o nível de inflação. Acredito que não, principalmente se usar o trade of analisado por Philips.

    Abraços.

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